Mesmo ciente de que o governo Lula pedirá a cabeça do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o senador Plínio Valério (PSDB) segue em defesa dos juros altos. Para o parlamentar, que perde apoio em seu discurso diariamente, o Brasil corre o risco de trilhar o mesmo caminho Argentina e Venezuela.
Economistas de todo o mundo criticam o nível dos juros brasileiros, inclusive o Nobel de Economia, Joseph Stiglitz. De acordo com o especialista, a taxa básica de juros do Brasil como é equivalente a uma “pena de morte”, a qual o país tem sobrevivido em função da atuação de bancos públicos.
A decisão do Copom, conduzida por Roberto Campos Neto, de manter a taxa de juros em 13, 75%, contrariou Lula e acelerou a pressão pela saída do atual gestor do BC. Como o presidente do banco repete a interlocutores que não renuncia, a única saída possível seria a destituição dele por meio do Senado Federal.
Campos Neto tem autonomia, determinada em lei, e o mandato vai até o fim do próximo ano. A lei de autonomia do Banco Central fixou mandato de quatro anos ao presidente do BC, blindando o chefe da instituição de possíveis interferências políticas.
Da Redação, com informações do G1
Ilustração: Neto Ribeiro