Roraima – Na terça-feira, 11, a Polícia Federal e o Ibama prenderam um piloto que estaria sobrevoando o espaço aéreo instituído pela Força Área Brasileira (FAB) como Zona de Identificação de Defesa (ZIDA), na Terra Indígena Yanomami.
Em razão da crise humanitária vivenciada pelos Yanomami, assolados pela catástrofe ambiental ocasionada pelo garimpo ilegal, está proibido o tráfego aéreo na região, à exceção de aeronaves militares ou a serviço dos órgãos públicos envolvidos na Operação Libertação.
Desde segunda-feira, 10, equipes da PF e do IBAMA estão de prontidão em bases na TIY, com apoio de helicópteros da FAB, com o objetivo de identificar e prender eventuais aviadores que buscam se evadir das abordagens da FAB em espaço aéreo por meio do pouso em pistas clandestinas na região.
O piloto é Guilherme Campos, filho dos ex-governadores de Roraima Neudo e Suely Campos. Conforme a defesa, Campos pagou fiança de R$ 50 mil à Justiça Federal e foi liberado e responderá o processo em liberdade. Monitorado, Campos não poderá sair de Boa Vista.
A defesa afirma, ainda, que Guilherme Campos não tem nenhuma relação com o garimpo ilegal e sobrevoava a área em direção a fazenda da família.
Operação Escuridão
Em novembro de 2018, Guilherme Campos foi preso pela Polícia Federal durante a Operação Escuridão, que investigava desvio de recursos públicos do sistema penitenciário de Roraima.
A soma dos contratos fraudulentos chegavam aos R$ 70 milhões, segundo as investigação. Além de Guilherme, foram presas outras 10 pessoas. Entre eles, Renan Filho, ex-deputado estadual, eleito no pleito daquele ano, que se entregou à PF.
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