Roraima – A titular da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), Cecília Lorenzon, não participou da audiência pública sobre “Violência Obstétrica e Morte Materna”, ocorrida nessa terça-feira, 19, na Câmara dos Deputados, em Brasília.
A presença da secretária de Saúde era aguardada, principalmente, para dar explicações sobre o aumento significativo de mortes de bebês, denúncias de violência obstétrica, além de uma série de reclamações que passaram a ser recorrentes no Hospital Materno-Infantil Nossa Senhora de Nazareth, conhecido como “Maternidade de Lona”.
O requerimento para Cecília Lorenzon participar da audiência pública foi feito na semana passada pela deputada federal Helena Lima (MDB), que lamentou a ausência da secretária nessa terça.
“Nós esperávamos aqui nessa comissão a presença da secretária Cecília Lorenzon, uma vez que ela é mulher e atenderia melhor as nossas necessidades”, comentou a deputada.
Por videoconferência, o secretário-adjunto de Saúde, Edson Castro, disse que Cecília está acompanhando uma comitiva do Ministério da Saúde que está em Roraima tratando da questão indígena. Por isso, não pode comparecer na audiência.
Questionado pela deputada sobre quais medidas estão sendo tomandas sobre os problemas na “maternidade de lona”, Castro destacou que em relação as mortes dos bebês, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) está criando uma Comissão de Óbito para saber os motivos das mortes que vem acontecendo.
“Uma das principais causas de mortes que a gente já começou a ver são relacionadas ao pré-natal e assistência básica inexistente. Principalmente dos óbitos naquelas pacientes indígenas e das mulheres vindas do nosso país vizinho [Venezuela]”, disse.
A maternidade funciona atualmente em uma estrutura totalmente improvisada sob lonas e tendas. O que era para ser apenas um improviso até ser concluído a reforma e ampliação da sede, porém, está prestes a completar três anos nessa mesma situação.
Da redação
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