setembro 7, 2024 19:37

Mandetta sugere que eleições sejam suspensas para não atrapalhar combate ao coronavírus

Por causa da pandemia do coronavírus, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, sugeriu neste domingo, 22, que as eleições municipais deste ano sejam adiadas para que as ações “políticas” não afetem as medidas que estão sendo adotadas para o combate ao Covid-19.

Durante teleconferência com prefeitos municipais, Mandetta ainda informou que está sendo analisada a possibilidade de antecipar a formatura  de estudantes de medicina para que eles possam atuar no tratamento aos doentes durante a crise.

“Eu faço uma sugestão  para vocês discutirem. Está na hora de olhar e falar assim: ‘ó, adia, faz um mandato tampão desses vereadores, desses prefeitos’. Eleição no meio do ano é uma tragédia, vai todo mundo querer fazer ação política”, avalia o ministro da Saúde.

A declaração foi dada em meio a conversa com o prefeito de Belém (PA), Zenaldo Coutinho, que reclamou da dificuldade de contato com a secretaria estadual de Saúde do Pará.

Antecipar formatura

Mandetta ainda adiantou aos prefeitos que participavam da teleconferência, que o governo federal vai antecipar a formatura dos alunos de medicina a partir do sexto ano e que “falta um mês, dois meses para se formar’.

“Vamos acelerar, esses meninos são jovens. Eles não tem experiência mas eles podem fazer parte do atendimento. Eles têm 7.300 horas de capacitação. Faça uma imersão para eles, não para colocá-los no CTI, mas ele pode muito bem ajudar e trabalhar muito com aquela massa que tá atrás”, afirmou o ministro.

De acordo com a assessoria do Ministério da Saúde, a medida está sendo discutida com o Ministério da Educação.

Na última sexta-feira, 20, o Ministério da Educação já havia publicado portaria que autoriza estudantes de medicina e enfermagem, farmácia e fisioterapia a fazer estágio em unidades onde poderão auxiliar o combate  à pandemia de coronavírus no país.

De acordo com o Ministério da Saúde, os estudantes serão alocados em unidades básicas de saúde, unidades de pronto atendimento, rede hospitalar e comunidades, atuando exclusivamente nas áreas de clinica médica, pediatria, saúde coletiva e apoio às famílias, segundo as especificidades de cada curso.

A permissão será temporária, no período em que durar a emergência de saúde pública, e é válida para estudantes dos dois últimos anos dos cursos de enfermagem, farmácia e fisioterapia.

O ministro ainda confirmou que o governo federal está projetando junto com uma universidade e empresas, a produção de um respirador básico para ser distribuído no país e que vai auxiliar no tratamento de enfermos pelo novo coronavírus.

Durante a conversa ele disse que, devido à alta da demanda causada pela epidemia, o Brasil, assim como outros países enfrenta dificuldades para comprar desses respiradores, que são utilizados principalmente em pacientes internados em UTIs.

“Você sonha com uma Ferrari, mas nós estamos desenhando com a Coppe-Rio, com algumas unidades do Brasil de produção, um respirador, um fusquinha, pra que a gente possa ter com muita capilaridade”, afirmou Mandetta.

O ministro afirmou que atualmente o país têm duas empresas que produzem esse tipo de ventilador, que as duas estão produzindo na capacidade máxima e que o governo brasileiro barrou exportações desses equipamentos para que atendam à demanda interna.

Mandetta disse que o presidente Jair Bolsonaro está fazendo um “chamamento” para que empresas que tenham “similaridade” possam ajudar na produção de peças e no aumento da fabricação de ventiladores. O ministro disse ainda que vai avaliar a possibilidade de renovação automática do contrato de medidos que atuam no programa Mais Médicos.

 

Conteúdo: G1

Foto: Divulgação

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