setembro 7, 2024 21:19

Rede privada de ensino vai ser acionada na Justiça por falta de consenso sobre mensalidades

As instituições particulares de ensino serão acionadas na Justiça por conta da falta de consenso em relação à suspensão da cobrança de multas e juros e a negociação de descontos, de até 20%, no valor das mensalidades de escolas e faculdades privadas no período de pandemia ocasionados pelo novo coronavírus (Covid-19).

Um documento que irá subsidiar a Ação Civil Pública a ser impetrada pelos órgãos de defesa do consumidor contra as instituições particulares de ensino foi elaborado pelas Comissões de Direito do Consumidor (CDC) e de Educação (COED) da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam).

As comissões encaminharam, na noite de terça-feira, 14, um relatório conjunto com alternativas de descontos e negociação das mensalidades da rede privada de ensino, durante a suspensão das aulas neste período restritivo ao Ministério Púbico do Estado (MP-AM).

De acordo com o presidente da CDC, deputado estadual João Luiz (Republicanos), o relatório é resultado das discussões e debates realizados durante audiência pública e reuniões técnicas com representantes da Comissão de Educação da Aleam, 81ª Promotoria de Defesa do Consumidor (Prodecon), Defensoria Pública do Estado (DPE-AM), Delegacia do Consumidor (Decon), Procon-AM, Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do Amazonas (Sinepe/AM) e de instituições privadas de ensino.

“Optamos pelo diálogo e debate para chegarmos a um acordo que beneficiasse tanto o consumidor quanto o estabelecimento durante a suspensão das aulas, por conta da pandemia da Covid-19. Infelizmente, houve muita intransigência por parte do Sinepe, e não chegamos a um consenso”, explicou João Luiz.

Diante do impasse, o parlamentar explicou que a solução encontrada pela COED, presidida pela deputada Therezinha Ruiz (PSDB), e os órgãos de defesa do consumidor foi de judicializar a questão.

“Nossa intenção era encontrar solução para a questão de forma simples, por meio de debates, mas isso não foi possível. E, com base em tudo que foi discutido, as Comissões de Defesa do Consumidor e de Educação da Assembleia prepararam e encaminharam um relatório conjunto ao MP-AM, que dará prosseguimento por meio de uma Ação Civil Pública. A sociedade aguarda por um desfecho transparente sobre essa questão”, enfatizou o presidente da CDC/Aleam.

Proposta de TAC

Inicialmente, os órgãos de defesa do consumidor e a COED propuseram a assinatura de um TAC, o qual previa a suspensão da cobrança de multas e juros e a negociação de descontos, de até 20%, no valor das mensalidades de escolas e faculdades privadas, além da melhoria da qualidade do ensino remoto. No entanto, o TAC foi rejeitado por parte das instituições e do Sinepe.

Silêncio

A reportagem de O Poder procurou a direção do Sinepe, que ficou de responder sobre a questão, mas, até a publicação dessa matéria, não obteve retorno.

 

Da Redação O Poder

Fonte: CDC/Aleam

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