Na noite da última terça-feia,28, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de um inquérito contra o ministro da Educação, Abraham Weintraub, para apurar um suposto crime de racismo em relação aos chineses.
O pedido foi feito pelo vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques, em decorrência de uma publicação de Weintraub sobre os chineses e a pandemia do novo coronavírus.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou a suposta violação do artigo 20 da lei que define os crimes por discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. A pena prevista é de um a três anos de prisão.
Agora, o ministro da Educação dever ser ouvido pela PGR. Celso de Mello retirou o sigilo do caso e deu prazo de 90 dias para a conclusão da investigação.
Publicação
No início do mês, o ministro da Educação publicou em seu perfil no Twitter questionando quem poderia sair fortalecido geopoliticamente da crise causada pela pandemia. No texto, o Weintraub trocou o “R” pelo “L”, numa referência ao personagem Cebolinha, da Turma da Mônica, e ao erro comum dos chineses ao falarem o português. Uma imagem com a bandeira da China ilustrava a publicação.
O post foi depois apagado.
Também no Twitter, o embaixador da China no Brasil, Wanming Yang, divulgou uma nota oficial de repúdio ao ato, que classificou de racismo contra os chineses.
Conteúdo: Agência Brasil
Foto: Rafael Carvalho/ Casa Civil