Matéria publicada esta semana na página digital do jornal Valor Econômico, em que repercute os atos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), neste final de semana, quando participou de protestos contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional, o deputado federal Silas Câmara, do Republicanos do Amazonas e, líder da bancada evangélica na Câmara dos Deputados, afirma que o presidente “não alimenta a paz” para o país.
“Se ele não alimenta a cizânia, a paz é que ele não alimenta”. E acrescenta: “Eu acho que tem muita coisa boa feita pelo governo federal neste momento de coronavírus e não precisa desse comportamento para a gente mostrar que o governo é bom.”
Para Silas, conforme a publicação, a declaração de Bolsonaro no domingo, 3, quando disse que tinha o apoio das Forças Armadas, sem explicar exatamente o pretendia dizer com isso, “foi a parte mais delicada”.
“Como várias autoridades disseram hoje, as Forças Armadas não são ferramentas de um governo, são ferramentas do Estado e, portanto, o senhor das Forças Armadas não é o presidente da República, mas a Constituição Federal.”
Câmara afirmou que o fechamento das instituições não é um assunto que sequer passe perto de ser avaliado pelos parlamentares da frente e diz que a democracia é forte o suficiente para que isso não aconteça. Mas ele se diz preocupado com manifestações como a de domingo.
“A gente tem a preocupação no aspecto de você medir as palavras, porque a verdade é que o Brasil precisa de um pouco de paz para poder enfrentar o coronavírus, para poder enfrentar a crise econômica, e a gente fica preocupado até que ponto esses movimentos ajudam ou atrapalham a nação neste momento.”
Ele diz acreditar que não haja no país qualquer ambiente para uma movimentação política nessa linha nos quartéis e que os militares têm um nível intelectual e de informação política bastante elevado. “Eu acho até que tem uma parte substancial das Forças Armadas sabe o que é um comando racional e sabe o que é um comando sem fundamento constitucional.”
A frente parlamentar evangélica tem o apoio de 196 deputados e senadores, mas entre eles, os que são, de fato, evangélicos somam 130 deputados e deputadas federais e 14 senadores e senadoras.
Conteúdo: Valor Econômico
Foto: Agência Câmara