Na última terça-feira, 26, a mais alta corte da Venezuela, ligada ao presidente Nicolás Maduro, anunciou como presidente do Parlamento o opositor Luis Parra, rival de Juan Guaidó que em janeiro se proclamou chefe legislativo paralelamente à reeleição do líder da oposição na Assembleia Nacional.
A sentença paralelamente coincide com as negociações para eleger um Conselho Supremo Eleitoral (CNE) para as eleições parlamentares agendadas para este ano, em torno das quais nenhum progresso foi relatado, e consolida a posição de Parra na disputa com Guaidó por escolher autoridades.
Após ser acusado de corrupção vinculada a um programa de distribuição de alimentos pelo governo de Nicolás Maduro, Parra, um parlamentar da oposição que “rompeu” com Guaidó, tomou posse em janeiro com o apoio de congressistas chavistas como presidente do único poder controlado pela oposição no país.
O evento solene foi feito em uma sessão sem quorum e sem Guaidó, impedido de entrar na sede do legislativo por militares que fecharam os portões do local.
Uma reunião com 100 deputados foi realizada na sede de um jornal para reeleger Guaidó como presidente da Assembleia Nacional, posição a partir da qual ele foi proclamado presidente interino da Venezuela em 2019 com o reconhecimento de mais de 50 países liderados pelos Estados Unidos.
A maioria da câmara de oposição declarou Maduro como “usurpador” e de ter sido reeleito presidente do país de maneira fraudulentamente. O vice-presidente do conselho de Guaidó, Juan Pablo Guanipa, rejeitou a sentença da corte.
A Assembleia Nacional “é uma e é a que preside”, escreveu Guaidó no Twitter.
Conteúdo: AFP
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