Após ter o pleito atendido pela Justiça, cuja liminar expedida na terça-feira, 16, suspende a CPI da Saúde por irregularidades na composição dos membros do colegiado, o autor da ação, deputado estadual Felipe Souza (Patriotas), voltou a reivindicar a sua vaga na Comissão Parlamentar de Inquérito durante a sessão virtual da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam) desta quarta-feira, 17. Ele afirmou que se for incluído entre os membros titulares vai investigar sem “piedade” os culpados.
Ele fez se “desculpou” por ter acionado a Justiça e pediu que o impasse jurídico se resolva logo para que os trabalhos retornem. “Entendo que fui escolhido duas vezes e por algum motivo e razões inexplicáveis me tiraram da CPI que eu assinei para que ela pudesse existir”, pontuou.
De acordo com Felipe Souza, a CPI tem o prazo de 120 dias para realizar as investigações e já está com 22 dias de atividades e que é “melhor corrigir os erros agora para que no final dos trabalhos a comissão não seja anulada, judicialmente, no futuro”.
“Caso eu venha ser inserido como membro titular desta CPI a população pode esperar de mim um bom trabalho. Irei investigar a fundo sem pena. Não me interessa quem são os culpados eu não tenho nem um tipo de padrinho, bandido de estimação, apadrinhamento político. Talvez essa seja a grande preocupação de terem me tirado duas vezes da CPI que fui escolhido pelos meus colegas deputados legalmente”, disparou.
O deputado Dermilson Chagas (Podemos), num aparte, destacou a atuação da CPI da Saúde que na sua avaliação vem fazendo um bom trabalho como “nunca foi feito antes” em outra Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) realizada pela Aleam.
“Quero parabenizar a CPI que vem conduzindo com muita maestria, e o delegado Péricles pela forma transparente como estão sendo feitos os questionamentos para a sociedade. Em pouco tempo muita coisa já veio à tona. Muitas famílias que tiveram vidas ceifadas, vão se sentir justiçadas, por esse trabalho ainda não visto na Assembleia pelo que eu entendo de CPI realizadas no passado”, concluiu.
Augusto Costa, para O Poder
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