Em entrevista televisiva ao programa Amazonas Diário, do Grupo Diário de Comunicação nesta semana, o ex-superintendente da Zona Franca de Manaus e pré-candidato a prefeito da capital, Alfredo Menezes, externou mágoa e raiva do senador Omar Aziz (PSD), ao falar de sua saída do comando da autarquia, no mês passado.
Menezes acusou o senador de tramar, nos bastidores e, pressionar o governo federal sobre sua saída do cargo, onde permaneceu por mais de um ano. “Todo mundo sabe: é um cara covarde não tem coragem de lhe enfrentar e atua nos bastidores”, disse Alfredo se referindo a Omar Aziz.
A presença de Menezes na Suframa sempre desagradou a bancada federal, que tem como coordenador o senador, que é o atual presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Antes da ascensão do militar ao cargo, Omar tentou emplacar o nome do ex-deputado federal Pauderney Avelino (DEM), atual chefe do escritório do Amazonas em São Paulo, para a Suframa. O insucesso incomodou o grupo, que permaneceu tentando a substituição.
Além disso, Alfredo Menezes, enquanto esteve à frente da Suframa, não teve nenhum ou pouco diálogo com a bancada federal, uma das principais queixas do colegiado.
Omar rebate as acusações
Procurado pela reportagem de O Poder para repercutir as declarações de Menezes, o senador Omar Aziz rebateu as acusações do coronel, que atribui ao senador a sua queda do comando da Suframa. Omar diz que nem ele e bancada do Amazonas mexeram uma “palha” para a saída do ex-superintendente da autarquia e que quem é “compadre” do presidente Jair Bolsonaro é ele, se referindo a Alfredo.
“Eu vou tramar pra tirar um coronel e botar um general? Não isso é uma decisão do governo. É como o presidente (Jair Bolsonaro) disse que ele tem informações de quem atua no governo dele e ele age. O presidente é compadre dele. É que o coronel, como outras pessoas aqui, me usam de uma forma desonesta pra tudo que acontece de ruim e eu sempre estou por trás de tudo que acontece de ruim. Eu espero que ele (Menezes) não fique gestante e me acuse também”, alfinetou o senador.
Ao ser questionado pela frase do coronel Menezes que diz que Omar seria covarde e só atua nos bastidores, o senador foi enfático.
“Eu não me acho covarde. Sempre tive posições. Eu nunca vesti a farda para ser picareta como ele é. É irritante levar a sério um cara desses que quer aparecer e quer me usar como vilão. Primeiro, que eu não sou compadre do presidente. Quem tem força pra tirar alguém tem força pra nomear alguém. O cara saiu há um mês e vai falar em rádio. Engraçado que as pessoas nunca saem por incompetência sai porque alguém tirou. Nem eu e ninguém da bancada mexeu uma palha ele caiu sozinho. Deixa ele ser candidato a prefeito pra ver quantos votos ele tem e se o Bolsonaro vai apóia-lo mesmo”, disse.
Confira o vídeo:
Augusto Costa, para O Poder
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