Na terça-feira, 14, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou o encerramento do status especial concedido a Hong Kong na lei norte-americana para punir a China pelo que classificou como “ações opressivas” contra a ex-colônia britânica, levando o governo chinês a ameaçar para sanções retaliatórias.
Trump assinou um decreto presidencial, citando a decisão chinesa de sancionar uma nova lei de segurança nacional para Hong Kong, informando que finalizará o tratamento econômico preferencial da cidade.
“Nada de privilégios especiais, nada de tratamento econômico e nada de exportação de tecnologias sigilosas”, anunciou em uma coletiva de imprensa.
Além disso, Trump também sancionou um projeto de lei aprovado pelo Congresso para penalizar bancos que fizerem negócios com autoridades chinesas que implantarem a nova lei de segurança.
“Hoje assinei uma legislação e um decreto presidencial para responsabilizar a China por suas ações agressivas contra o povo de Hong Kong”, disse Trump. “Hong Kong agora será tratada como a China continental”, completou.
Conforme o documento divulgado pela Casa Branca, o decreto presidencial autoriza a apreensão de propriedades norte-americanas de qualquer responsável ou cúmplice de “ações ou políticas que minem processos ou instituições democráticas de Hong Kong”.
Sanções retaliatórias
Nesta quarta-feira, 15, o Ministério das Relações Exteriores chinês informou que Pequim vai impor sanções retaliatórias contra indivíduos e entidades dos EUA em reação à lei que visa bancos, mas o comunicado divulgado pela mídia estatal não fez referência ao decreto presidencial.
“Os assuntos de Hong Kong são puramente assuntos internos da China, e nenhum país estrangeiro tem direito de interferir”, disse a chancelaria.
Conteúdo: Reuters
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