Nesta sexta-feira, 17, o vice-presidente Hamilton Mourão, voltou a defender a discussão sobre a recriação de um imposto sobre transações financeiras, um novo tipo de CPMF, com a condição do novo imposto ter uma destinação específica, como por exemplo a desoneração da folha ou programas de renda mínima.
Em entrevista à rádio Gaúcha, o vice-presidente declarou que, além da proposta de Paulo Guedes, ministro da Economia, de utilizar o novo imposto para desonerar a folha de pagamentos, é possível que a arrecadação com o tributo possa também ser uma complementação para o programa de renda mínima que o governo planeja criar.
“O que eu vejo na criação desse imposto de transações financeiras é que ele deve ter um fundamento muito claro. O ministro Paulo Guedes coloca como um substituto da desoneração da folha. Ao desonerar a folha haveria uma oportunidade muito maior da criação de empregos formais. Eu vejo ainda mais além, acho que ele pode ser utilizado o programa de renda mínima, o Renda Brasil, que vem sendo montado aqui pelo governo”, explicou.
A proposta de reforma tributária de Guedes consta o novo imposto, onde o ministro garantiu que encaminhará até a próxima semana para o Congresso, algo que não é bem visto pelos parlamentares e nem pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
“A discussão é dentro do Congresso. Se o Congresso aceitar, significa que a sociedade aceita. Se não aceitar, paciência”, disse Mourão defendendo o debate da matéria.
Além disso, o vice-presidente quer deixar claro que esta não é a criação de um novo imposto, mas uma substituição.
Conteúdo: Reuters
Foto: Adriano Machado/ Reuters