O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub foi eleito diretor-executivo do Banco Mundial, conforme o comunicado feito pela entidade, mesmo com os funcionários levantando questionamentos em relação a comentários passados de Weintraub apontados como racistas.
A previsão é que Weintraub ocupe a vaga a partir da primeira semana de agosto e cumprirá o restante do mandato que termina no dia 31 de outubro, quando a posição será reaberta para eleição, disse o banco em comunicado divulgado em seu site.
O diretor executivo que ocupava este posto anteriormente renunciou em dezembro.
Além disso, a entidade informou que ele foi eleito pelo grupo que representa Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Haiti, Panamá, Filipinas, Suriname e Trinidad e Tobago, mas não deu detalhes sobre o placar da votação. O Brasil tem a maioria do poder de voto no grupo de nove países.
Vale ressaltar que, no mês passado, a associação que representa os funcionários do Banco Mundial solicitou uma nova revisão na indicação de Weintraub, em relação aos comentários feitos por ele no Twitter, onde ironizou o sotaque chinês, culpou a China pela Covid-19 e acusou o país asiático de buscar dominar o mundo.
Em resposta à carta dos funcionários, o presidente do conselho do comitê de ética do banco, Guenther Schoenleitner, disse que o Banco Mundial não tem influência sobre a indicação de diretores executivos, mas não toleraria declarações racistas de qualquer um que esteja servindo a instituição.
Conteúdo: Reuters
Foto: Luis Fortes / MEC