Nesta sexta-feira, 28, o Ministério do Meio Ambiente recuou da decisão de suspender as operações de combate ao desmatamento ilegal na Amazônia, e afirmou que houve a liberação de recursos para órgãos de fiscalização, horas após ter dito que as ações seriam interrompidas na próxima semana em decorrência de um bloqueio orçamentário.
“O Ministério do Meio Ambiente informa que na tarde de hoje houve o desbloqueio financeiro dos recursos do Ibama e ICMBio e que, portanto, as operações de combate ao desmatamento ilegal e às queimadas prosseguirão normalmente”, disse a pasta em curto comunicado divulgado na noite desta sexta.
No comunicado anterior, a pasta teria informado que todas as operações de combate ao desmatamento ilegal e queimadas na Amazônia, no Pantanal e em outras regiões seriam suspensas em razão de bloqueio orçamentário determinado pela Secretaria de Orçamento Federal (SOF), vinculada ao Ministério da Economia.
Repercussão negativa
O vice-presidente Hamilton Mourão teria conversado com o ministro Ricardo Salles, do Ministério do Meio Ambiente no entanto, alegou que qualquer medida sobre o ministro é de responsabilidade do presidente Jair Bolsonaro.
“O que estou colocando para vocês é que foi divulgada uma nota que repercutiu de forma negativa, principalmente em um momento que a gente sabe que tem que estar combatendo essas ilegalidades”, destacou.
Além disso, entidades vinculadas ao meio ambiente criticaram o anúncio da suspensão dos recursos. O Observatório do Clima, informou, pelo Twitter, que o anúncio “parece jogo combinado com o Planalto para dar a Jair Bolsonaro a desculpa perfeita para furar o teto de gastos e, ao mesmo tempo, isentar o ministro de responsabilidade pela explosão do desmatamento”.
Conteúdo: Reuters
Foto: Reprodução/TV Globo