setembro 15, 2024 16:13

Sem acordo, TST anuncia que vai julgar greve dos trabalhadores dos Correios 

Após fracasso nas tentativas prévias de conciliação, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) anunciou, na última sexta-feira, 28, que vai julgar o dissídio coletivo da greve dos trabalhadores dos Correios. O processo será relatado pela ministra Kátia Arruda. A data ainda não foi definida.

O ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho determinou que o caso seja levado para julgamento após receber as manifestações das partes sobre a proposta feita para finalizar a greve.

Durante a audiência de conciliação, mais cedo, o ministro propôs a manutenção das 79 cláusulas do acordo coletivo assinado em 2019, mantendo os atuais benefícios concedidos aos funcionários, mas sem reajuste nas cláusulas econômicas.

De acordo com o TST, a proposta foi aceita pelos sindicatos, no entanto os Correios apenas se manifestaram pelo ajuste de nove cláusulas.

Greve

A greve foi realizada em protesto contra a proposta de privatização da estatal e pela manutenção de benefícios trabalhistas, conforme a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (FENTECT).

De acordo com a entidade, foram removidas 70 cláusulas de direitos em relação ao acordo anterior, como questões envolvendo adicional de risco, licença-maternidade, indenização por morte, auxílio-creche, entre outros benefícios.

Os Correios afirmaram, por meio de nota, que esperam o julgamento do dissídio no TST e afirmam que o fim da greve é essencial para a população. Ainda segundo a nota, a empresa sofreu impacto com a pandemia e “não têm mais como suportar as altas despesas”, incluindo benefícios que “não condizem com a realidade atual de mercado”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Conteúdo: Agência Brasil 

Foto: Karen Fontes/Código19

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