Após fracasso nas tentativas prévias de conciliação, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) anunciou, na última sexta-feira, 28, que vai julgar o dissídio coletivo da greve dos trabalhadores dos Correios. O processo será relatado pela ministra Kátia Arruda. A data ainda não foi definida.
O ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho determinou que o caso seja levado para julgamento após receber as manifestações das partes sobre a proposta feita para finalizar a greve.
Durante a audiência de conciliação, mais cedo, o ministro propôs a manutenção das 79 cláusulas do acordo coletivo assinado em 2019, mantendo os atuais benefícios concedidos aos funcionários, mas sem reajuste nas cláusulas econômicas.
De acordo com o TST, a proposta foi aceita pelos sindicatos, no entanto os Correios apenas se manifestaram pelo ajuste de nove cláusulas.
Greve
A greve foi realizada em protesto contra a proposta de privatização da estatal e pela manutenção de benefícios trabalhistas, conforme a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (FENTECT).
De acordo com a entidade, foram removidas 70 cláusulas de direitos em relação ao acordo anterior, como questões envolvendo adicional de risco, licença-maternidade, indenização por morte, auxílio-creche, entre outros benefícios.
Os Correios afirmaram, por meio de nota, que esperam o julgamento do dissídio no TST e afirmam que o fim da greve é essencial para a população. Ainda segundo a nota, a empresa sofreu impacto com a pandemia e “não têm mais como suportar as altas despesas”, incluindo benefícios que “não condizem com a realidade atual de mercado”.
Conteúdo: Agência Brasil
Foto: Karen Fontes/Código19