Nesta terça-feira, 8, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) puniu o procurador Deltan Dallagnol com a sanção de censura por interferência na votação para a presidência do Senado no ano de 2019.
Entre janeiro e fevereiro de 2019, em seu perfil no Twitter, Deltan informou que a votação secreta na eleição do presidente do Senado poderia resultar na escolha de Renan Calheiros para o cargo. Isso, de acordo com o procurador, atrapalharia o combate à corrupção, já que o senador era investigado por corrupção e lavagem de dinheiro.
No total, foram 9 votos pela punição, sendo dos conselheiros: Otavio Luiz Rodrigues Jr, Oswaldo D’Albuquerque, Sandra Krieger, Fernanda Marinela, Luciano Nunes Maia, Marcelo Weitzel, Sebastião Caixeta, Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho e Rinaldo Reis.
De acordo com Otavio Rodrigues, “um membro do do MPF sentiu-se no direito de interferir nas eleições para presidente do Senado. Não eram meras manifestações de apreço ou desapreço. Ele foi além: incentivou uma campanha contra o sistema de votação”.
Apenas Silvio Amorim votou contra a punição. O conselheiro Humberto Jacques, vice-PGR, se declarou suspeito e não votou.
Agora com a censura, Dallagnol não poderá ser promovido durante 1 ano.
Conteúdo: O Antagonista
Foto: CNPM