Neste sábado, 19, o presidente dos Estados Unidos Donald Trump anunciou que indicará brevemente um sucessor para a juíza Ruth Bader Ginsburg, o que colocaria a Suprema Corte ainda mais à direita.
“Fomos colocados nesta posição de poder e importância para tomar decisões para as pessoas que nos orgulharam com seu voto, e a escolha dos juízes da Suprema Corte dos Estados Unidos é considerada como uma das mais importantes”, disse Trump, pelo Twitter. “Temos esta obrigação, sem demora!”.
Ginsburg, a mais importante juíza progressista da Corte, morreu na noite de sexta-feira, aos 87 anos, de complicações de um câncer pancreático, após 27 anos no cargo. Sua morte dá a Trump, em busca da reeleição em 3 de novembro, a chance de expandir a maioria conservadora na corte para 6 x 3, em um momento de grande divisão política nos EUA.
Os democratas ainda estão furiosos com a recusa do Senado republicano de se mexer para aprovar o indicado de Barack Obama à Suprema Corte, Merrick Garland, em 2016, depois da morte do conservador Antonin Scalia, 10 meses antes daquela eleição. O líder da maioria do Senado, Mitch McConnell disse na ocasião que o Senado não deveria agir para aprovar um indicado durante um ano eleitoral, posição que ele reverteu depois.
Mesmo com essa raiva, os democratas possuem pouca chance de impedir a escolha de Trump. Os republicanos controlam 53 assentos dos 100 do Senado, e o líder da maioria, que tem tratado as escolhas de juízes federais de Trump como prioridade, disse que o congresso votaria pela aprovação de qualquer indicado de Trump.
Mesmo antes da morte de Ginsburg, Trump havia tornado público uma lista de potenciais indicados.
Muitos que acompanham a corte esperam que Trump tente substituir Ginsburg com uma mulher. Uma possibilidade da lista de Trump seria Amy Coney Barrett, juíza conservadora baseada na 7ª Corte de Apelações de Chicago, que foi considerada em 2018 antes de Trump escolher Kavanaugh.
Conteúdo: Reuters
Foto: Flickr/White House