Na tarde desta quarta-feira, 23, alunos da Universidade Nilton Lins, localizada no Parque das Laranjeiras, Zona Centro-Sul de Manaus, entraram em contato com o Portal O Poder para denunciar casos de pessoas, entre alunos e professores, infectadas pelo novo coronavírus na instituição de ensino. Segundo alunos, as aulas presenciais dos turnos matutino e vespertino recomeçaram no dia 3 de agosto e, desde então, têm tido casos de pessoas infectadas na própria instituição.
Um aluno do curso de direito, de 35 anos, que pediu para não ser identificado, afirmou que no pico da pandemia as aulas presenciais foram suspensas e começaram a ser realizadas de forma remota. Diante disso, alunos começaram a cobrar que a instituição desse desconto nas mensalidades, o que não ocorreu.
Ainda segundo ele, após diversas pressões de grupos de alunos, a direção da universidade decidiu pelo retorno presencial. Três dias as aulas são presenciais e duas vezes na semana de forma remota. “É um absurdo. Na minha turma tem 55 alunos, têm pessoas idosas, não dá para brincar com a nossa saúde. Eles estão fazendo isso apenas para não dar desconto e manter às aulas presenciais”, denunciou.
Conforme relatos de outro universitário, que também pediu para não ter o nome revelado, três professores foram afastados após testarem positivo para a Covid. “A direção nega. Eles dizem que foi por outros motivos, mas a gente sabe que é Covid. Um amigo mora próximo da casa de um desses professores e lá todos sabem que ele está com Covid”, disse.
O rapaz afirmou, ainda, que na turma dele quatro pessoas testaram positivo para a Covid e, de forma responsável, informaram que estão infectados e estão em isolamento em casa. “Eles falaram que testaram positivo e estão em casa. Tem um amigo que disse que tem certeza que pegou na faculdade”, afirmou.
O aluno disse que algumas turmas maiores foram realocadas em salas maiores, mas a medida não seria tão efetiva. “São 55 alunos numa sala, tem uso de máscara, álcool gel e eles verificam a temperatura, mas o problema é que querendo ou não existe a aglomeração. Existe os casos de infecção”, denunciou.
Os alunos afirmaram que denunciaram o caso à VISA Manaus, que teria prometido uma fiscalização nesta quarta-feira, 22. O Portal O Poder entrou em contato com a fundação para questionar se de fato a denúncia teria sido feita, se houve casos confirmados e se a faculdade seria responsabilizada, sem retorno até a publicação da matéria.
Após receber denúncias, O Poder tentou contato com a vice-reitoria da universidade diversas vezes e em inúmeros contatos. No número 3643-2113, da vice-reitoria, uma atendente informou que o responsável só estaria na instituição às 15h (e já era 15h35), mas informou que repassaria a demanda ao responsável. Ela disse não ser autorizada a informar o número de telefone móvel do “professor Ricardo”, identificado como responsável. Até a publicação da matéria, não houve nenhum retornou ou respostas.
Álik Menezes, para O Poder
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