As denúncias de corrupção, apontadas durante as investigações da CPI da Saúde contra os contratos da Organização Social (OS) Instituto de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH) que administra o Hospital Delphina Aziz, podem dar início a mais uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam).
A proposta é do deputado Wilker Barreto (Podemos) que afirmou nesta terça-feira, 6, durante sessão híbrida da Aleam que a partir de amanhã vai mobilizar os deputados para coletar as oito assinaturas necessárias para instalar a CPI da OS.
“Eu acompanhei aquela reportagem do domingo do Fantástico. Aquela que fala da corrupção das Organizações Sociais que, na minha opinião, tem que mudar a nomenclatura, não é mais OS tem que ser OC, Organizações Criminosas porque é criminoso aquele que desvia dinheiro da Saúde na pandemia. Pessoas morrendo e bandidos aparecendo em viagens internacionais e carros de luxo”, destacou.
Wilker afirmou ainda que os escândalos que estão acontecendo no Pará, Rio de Janeiro e São Paulo, a CPI da Saúde já detectou os indícios desses crimes aqui em Manaus de serviços pagos e não prestados. Ele disse que acompanhou ontem a inauguração da Delegacia de Combate à Corrupção e que vai denunciar os contratos irregulares da OS.
“Eu ainda hoje irei formalizar a denuncia na delegacia para que investigue o contrato da OS. Nós já temos materialidade suficiente pelo que apontou a CPI da Saúde. Para em caráter de urgência essa casa abrir a CPI da OS. Estou propondo, mas não irei participar estou em processo eleitoral. A CPI da Saúde já tem materialidade de dano ao erário, desvio de recursos de atos praticados por essa OS no Amazonas”, denunciou. .
O deputado afirmou ainda que se forem somados os contratos da OS e da PPP (Parceria Público Privada), somam mais de R$ 3,6 milhões por ano, pagos pelo governo do Estado e que é obrigação da Aleam investigar possíveis danos.
“Acompanhei a inauguração da Delegacia de Combate à Corrupção, conheço o delegado Guilherme Torres um ótimo profissional, agora resta saber se o mesmo delegado terá a autonomia necessária para investigar crimes de corrupção”, concluiu.
Augusto Costa, para O Poder
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