O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) comentou hoje a situação envolvendo o senador Chico Rodrigues (DEM-RR), pego com dinheiro na cueca em operação da Polícia Federal, e afirmou que “membro do governo [ele] não é”.
Embora não seja um integrante do Executivo, na verdade, o parlamentar é vice-líder de Jair Bolsonaro (sem partido) no Senado Federal.
De acordo com Mourão, Rodrigues seria uma “linha auxiliar do governo”, e não um quadro efetivo.
“Todos aqueles que estão dentro do Parlamento e que trabalham em favor do governo, ocupando cargos de vice-liderança e até mesmo fazendo parte da base, é uma linha auxiliar. Ele não é um membro do Executivo.
O vice-presidente destacou ainda avaliar que o melhor caminho para Chico Rodrigues seria o afastamento voluntário. “Eu acho que seria bom ele voluntariamente até para poder se defender das acusações que tem de forma mais livre.”
O senador foi flagrado ontem com R$ 30 mil dentro da cueca em uma operação que investiga desvio de recursos públicos destinados ao combate à pandemia do coronavírus em Boa Vista.
“Lamento pelo senador Chico Rodrigues. Sempre teve um bom relacionamento. Tem que terminar essa investigação obviamente”, afirmou Mourão.
Jair Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comentou hoje, ao deixar o Palácio da Alvorada, a operação da Polícia Federal em Roraima que encontrou dinheiro na cueca do vice-líder do governo no Senado, Chico Rodrigues.
A apoiadores, Bolsonaro tentou se afastar do senador, dizendo não ter “nada a ver com isso”. O presidente ainda culpou a imprensa por relacioná-lo ao caso.
– @CGUonline (@WRosarioCGU) e @policiafederal no combate à corrupção.
. Link no YouTube: https://t.co/vtUisLTrWK pic.twitter.com/AX3HvO2GbN
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) October 15, 2020
“A operação de ontem é fator de orgulho para o meu governo, para o meu ministro Wagner Rosário e para a minha Polícia Federal, e não isso que a imprensa está falando agora, que tenho a ver com essa corrupção”, afirmou.
Chico Rodrigues tornou-se vice-líder do governo em março do ano passado. À época, o senador afirmou que fora o próprio presidente quem o escolheu.
Como representante do governo no Congresso, o senador tem trânsito livre no Palácio do Planalto, com direito a encontros frequentes com Bolsonaro. No final de março do ano passado, ele chegou a integrar a comitiva presidencial que viajou para Israel.
Conteúdo: Noticias UOL
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