A polêmica da falta de cobradores nos novos ônibus do transporte coletivo em Manaus deve voltar à tona esta semana no Legislativo municipal, quando os vereadores deverão apreciar o projeto de lei, de autoria de Jaildo Oliveira (PCdoB), em que proíbe a circulação do transporte coletivo urbano que não possuir o lugar destinado aos cobradores.
A Prefeitura de Manaus entregou 112 ônibus no dia 15 de setembro, sendo que destes, 86 são do estilo ‘micrão’, ou seja, sem o espaço para o cobrador. O intuito desses veículos é circular em ruas menores dentro dos bairros da capital amazonense. No total, devem ser entregues 300 ônibus ainda neste ano.
Dos 112 ônibus, 31 são da empresa Vega (14 convencionais e 17 micrões); 16 da empresa Coroado (12 convencionais e 4 micrões); 33 da Eucatur (micrões); 10 da Líder (micrões); 20 da Via Verde (micrões); e outros 2 da Global (micrões).
O parlamentar propõe que as empresas, sem exceção, devem ter em seus quadros funcionais o cargo de cobrador, sem a extinção ou substituição por tecnologia e evitar também a sobrecarga da função no motorista.
“Em virtude dessa pandemia, o Brasil está passando por mais uma crise econômica e social, mais um motivo para preservarmos o trabalho dos cobradores de ônibus que o exercem com dignidade. Não podemos, de forma alguma, deixar que haja a extinção desse cargo de cobrador. Devemos, sim, criar mais empregos e não extingui-los”, diz Jaildo em sua justificativa.
Caso seja descumprido, segundo a matéria, será imposta uma multa diária de 300 (trezentas) UFM’s, por veículo, a ser aplicada pelo órgão municipal competente.
Da Redação O Poder
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