A matéria exibida pelo Jornal Nacional na noite desta segunda-feira, 19, em que dá detalhes sobre a investigação da Polícia Federal referente à compra de respiradores superfaturados, no Amazonas, no auge da pandemia do novo coronavírus, repercutiu entre os deputados, durante sessão plenária desta terça-feira, 20, da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam).
A investigação envolve empresários e a cúpula do governo do Amazonas na compra destes equipamentos na loja de vinhos F JAP por quase R$ 3 milhões.
Oposição, o deputado Dermilson Chagas (Podemos) cobrou que os órgãos de controle, como o Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), Tribunal de Contas do Estado (TCE) e o Ministério Público Federal (MPF) fiscalizem o governo estadual e alguém seja responsabilizado judicialmente pelas 4 mil mortes na pandemia no Amazonas.
Dermilson citou que em depoimento a Policia Federal, o vice-governador Carlos Almeida Filho (sem partido) assumiu que o governador Wilson Lima (PSC) sabia que o governo fez todo o processo de compra dos respiradores. O deputado criticou o vice-governador e afirmou que, como homem público, foi omisso.
“Quando é que o Ministério Público (MPAM) vai apurar a omissão e a negligência pelas mortes de mais de 4 mil pessoas mortes no nosso Estado. Não podemos assistir somente os depoimentos pelas redes sociais e ficarmos calados. Não nós temos que tomar providências pois muita gente sabia que estava fazendo coisas erradas e até licitação fantasma estava nos planos dessa quadrilha. Vamos pedir providências também para que o Ministério Público Federal apure. Não só a omissão do vice-governador como a dos outros e que se faça justiça dessas 4 mil mortes”, cobrou
Wilker Barreto também da oposição e do Podemos, foi na esteira do colega e criticou o governo do Estado. Wilker disse que há alguns meses chegou a propor a convocação do vice-governador a Aleam para explicar quem seriam as “pessoas perigosas no governo”.
O Portal O Poder entrou em contato com a Secretaria de Comunicação do governo para repercutir as declarações dos deputados, mas até o fechamento desta edição não obteve resposta.
Augusto Costa para O Poder
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