Segundo candidato a participar da série de entrevistas promovidas pelo Portal O Poder com prefeituráveis, o deputado federal capitão Alberto Neto, do Republicanos, afirmou que sua atuação como parlamentar o tornam preparado para administrar a capital amazonense e criticou, sem citar nomes, o prefeito de Manaus e os donos do Hospital Samel, que tem como um dos herdeiros o também candidato a prefeito, Ricardo Nicolau (PSD). “Foi mais um show pirotécnico do que outra coisa”. disse, se referindo à montagem e desmontagem do Hospital de Campanha.
Em entrevista ao vivo nas redes sociais do Portal O Poder, sob o comando da editora-chefe jornalista Valéria Costa, o candidato do Republicanos enfatizou que Manaus precisa de um prefeito arrojado e destacou suas qualidades.
“Sou deputado federal, sou vice líder do governo Bolsonaro, sei como trazer recursos do governo federal para minha cidade que é Manaus para aumentar a atenção básica da saúde, que é uma das piores capitais do país, trazer investimentos para o saneamento básico”, disse e afirmou que o contrato com a atual empresa de saneamento precisa ser revisto. “Aprovamos no Congresso o novo marco do saneamento, essa empresa presta um péssimo serviço e precisa se rever esse contrato”.
Na área da saúde, o candidato afirmou ter projetos e aproveitou para tecer críticas, sem citar nomes, ao prefeito de Manaus e a administração do Hospital Samel, que tem como um dos herdeiros o candidato a prefeito Ricardo Nicolau.
“O Hospital que foi construído pelo prefeito (Arthur Neto) com essa parceria público-privada acabaram. Usaram dinheiro público, não foi dinheiro particular não, dinheiro privado foi mínimo, foi mais um show pirotécnico do que outra coisa. Acabaram em pouco tempo investimentos, milhões foram investidos naquele hospital e foi dinheiro nosso, foi o teu dinheiro que foi utilizado. O hospital agora está fechado. Manaus é a única capital que não tem gestão plena na saúde”, afirmou.
Educação
O candidato prometeu creches de alto padrão em parceria com multinacionais como a Moto Honda, Samsung e Yamaha, que dá, segundo ele, até mais produtividade às empresas. Ao destacar esse projeto, ele usou o militarismo para mostrar credibilidade. “Como militar não enxergamos um mandato, nós enxergamos uma missão e missão dada tem que ser missão cumprida”.
“Hoje só temos 21 creches funcionando e nenhuma de idade a 0 a 3 anos. Você que é mãe, que é pai, eu sei da sua dor , eu sei o que é trabalhar e não ter onde deixar seu filho. Passei por isso, minha mãe passou por isso e eu quero que você não passe”. Após o desabafo, ele explicou como a parceria funcionaria.
Segundo ele, empresas como a Samsung, Moto Honda e Yamaha irão dar uma contribuição e a prefeitura faria renúncia tributária.
“Invés dela trabalhar apenas a preservação de uma árvore, ela (empresas) vai cuidar das pessoas, ela vai mostrar para o mundo que está cuidando do homem da floresta e não apenas da árvore em si. E aí nós vamos ter lá no Jorge Teixeira a Creche da Samsung, lá na cidade nova a creche da Moto Honda, lá no Morro da Liberdade vamos ter a creche da Yamaha e seu filho vai estudar numa creche de primeiro mundo, com educação de qualidade, com profissionais especializados para que você vá trabalhar e tenha onde deixar seu filho. Até a produtividade das nossas empresas vai aumentar porque o trabalhador vai tá com a mente tranquila”.
Sobre apoio do Bolsonaro
Questionado sobre o apoio do presidente Jair Bolsonaro e como traria mais recursos para Manaus, o candidato afirmou que ninguém pode usar o presidente como amuleto, se referindo à disputa pelo apoio com outros candidatos bolsonaristas, como o Coronel Menezes.
“Ninguém pode usar o presidente da República para pegar uma onda, para ser um amuleto. O povo de Manaus merece um prefeito independente. Sou aliado ao presidente, sou aliado ao meu país. Então, eu luto por um país melhor, eu luto por uma cidade com mais emprego e com mais saúde, eu não luto por uma pessoa eu luto por um ideal, a população de Manaus sabe que eu sou Bolsonaro, isso não existe mais dúvida e nunca existiu”, disse.
A entrevista completa pode ser acessar na conta do Portal O Poder no Facebook.
Álik Menezes, para O Poder
Foto: Reprodução