novembro 22, 2024 20:17

Há tentativas de importar para país tensões alheias à nossa história, diz Bolsonaro no G20

O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado, em discurso por videoconferência na Cúpula do G20, que há tentativas de importar para o Brasil tensões alheias à história do país, minimizando mais uma vez a questão racial ao afirmar que enxerga todos com as mesmas cores.

Em linha com mensagem postada na noite da véspera no Twitter, Bolsonaro reafirmou que, no Brasil, brancos, negros e índios edificaram “o corpo e o espírito de um povo rico e maravilhoso”. Ele disse ainda que os que instigam o povo à discórdia, fabricando e promovendo conflitos, atentam contra a nação e contra a história.

A manifestação vem após o assassinato por espancamento de João Alberto Silveira Freitas, homem negro de 40 anos, em uma loja do Carrefour Brasil, em Porto Alegre, na noite de quinta-feira. O violento episódio provocou protestos e ataques a lojas do Carrefour em vários locais do país, gerando pedidos de boicote contra a rede varejista, além de manifestações contra o racismo.

“Quero fazer uma rápida defesa do caráter nacional brasileiro em face das tentativas de importar para o nosso território tensões alheias à nossa história”, afirmou o presidente.

Segundo Bolsonaro, foi a essência do povo miscigenado no Brasil que conquistou a simpatia do mundo, mas há quem queira destruí-la, em nome do poder, para promover a divisão entre raças mascarada de justiça social.

“Existem diversos interesses para que se criem tensões entre nós. Um povo unido é um povo soberano. Dividido é vulnerável. E um povo vulnerável pode ser mais facilmente controlado e subjugado. Nossa liberdade é inegociável”, disse ele.

Freitas foi espancado até a morte por um segurança da loja e por um policial militar temporário que estava fora de serviço e um vídeo do espancamento viralizou nas redes sociais na sexta-feira, dia em que várias cidades do Brasil comemoraram o Dia da Consciência Negra.

Freitas foi espancado até a morte por um segurança da loja e por um policial militar temporário que estava fora de serviço e um vídeo do espancamento viralizou nas redes sociais na sexta-feira, dia em que várias cidades do Brasil comemoraram o Dia da Consciência Negra.

Conteúdo: Reuters

Foto: Divulgação 

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