A Federação dos Pescadores do Amazonas (Fepesca-AM), em parceria com a Confederação Nacional dos Pescadores e Aquicultores (CNPA), considera positivo o balanço das atividades do segmento em 2020, durante a reunião anual da categoria que reuniu pescadores de todo o Amazonas na segunda-feira, 21, em Manaus.
Entre os temas abordados pela categoria foram tratados os 100 anos da CNPA, o pagamento do seguro-defeso e a proposta de privatizar o Terminal Pesqueiro de Manaus.
O presidente da Fepesca-AM, Walzenir Falcão, que também comanda a CNPA, lamentou a morte dos pescadores por causa do coronavírus, mas destacou a volta do pagamento do seguro-defeso depois de intervenção do órgão junto ao governo federal que havia suspendido os recursos em 2015 no governo Dilma Roussef.
“A pandemia não perdoou nossos colegas da capital e interior. É uma doença traiçoeira”, disse.
Naquela época, milhares de pescadores foram prejudicados com a suspensão do pagamento por causa das pedaladas fiscais promovidas pelo governo federal.
Outra luta encabeçada pela Fepesca/CNPA foi para evitar que o benefício fosse extinto, já que o governo federal planejava incorporar o seguro ao programa Renda Brasil.
“Após uma intensa discussão, provamos ao governo que o seguro-defeso é uma conquista histórica dos pescadores brasileiros, por isso não pode ser extinto”, destacou.
Terminal pesqueiro
A privatização do Terminal Pesqueiro de Manaus, conforme anunciou o Ministério da Agricultura e Abastecimento (MAPA), também foi discutida na reunião dos pescadores.
A proposta do ministério é privatizar o terminal até o final de 2021, junto com os terminais nos Estados do Pará, Sergipe, Rio Grande do Norte e São Paulo.
“Estamos acompanhando essa privatização dos terminais. Os pescadores de Manaus e de todo Amazonas serão afetados pela decisão”, concluiu.
Da Redação do Poder
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