A prefeita interina do município de Coari, Dulce Menezes, do MDB), virou alvo de duas representações cautelares no Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE), que pedem a suspensão do processo seletivo simplificado destinado à contratação temporária de professores e a suspensão das leis que criaram os programas Bolsa-Estágio, Mente Aberta e Direito à Cidadania. Ela é tia do ex-prefeito Adail Filho (PP).
Segundo o bacharel em direito, Raione Queiroz, que ingressou com as ações, os programas são instrumentos de assistencialismo e clientelismo “visando ao atendimento de redutos eleitorais, bem como a garantia do ‘continuísmo’ do mesmo grupo político e familiar em clara afronta ao princípio republicano”, disse ao Portal O Poder.
Queiroz afirmou que os atos são práticas de olho na eleição suplementar. “É uso escancarado da máquina pública de olho na eleição suplementar. Por isso, entrei com as representações para impedir essa prática eleitoreira”, afirmou.
O município terá eleições suplementares após Adail Filho ter o registro de candidatura cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM). Por unanimidade, o TRE aceitou o recurso interposto pela coligação “Ficha Limpa Coari”, do candidato a prefeito de Coari, Robson Tiradentes, para indeferir o registro de candidatura de Adail Filho e promover nova eleição no município.
O Poder entrou em contato com a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Coari para questionar se a prefeita comentaria a ação, sem respostas até a publicação da matéria.
Álik Menezes, para O Poder
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