O Ministério da Saúde anunciou neste domingo, 17, que a vacinação contra a Covid-19 no Brasil terá início na quarta-feira, 20, às 10h (horário de Brasília). Para isso, a distribuição da CoronaVac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo Instituto Butantan com a Sinovac, começará a ser distribuída aos Estados às 7h da segunda-feira, 18.
Neste domingo, 17, no entanto, a vacinação já iniciou, por São Paulo, com o anúncio formal pelo governador paulista, João Doria (PSDB), e com a vacinação, num ato simbólico, da primeira brasileira a ser imunizada: uma enfermeira de 54 anos do Hospital Emílio Ribas.
“Está dado o primeiro passo para o início da maior campanha de vacinação do mundo contra o coronavírus”, afirmou o ministro da Saúde , Eduardo Pazuello.
O anúncio foi feito logo após a aprovação do uso emergencial da CoronaVac e da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca pela Anvisa.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ressaltou que a imunização começará simultaneamente em todo o Brasil e criticou a aplicação da primeira dose em São Paulo. Segundo Pazuello, a aplicação da vacina na enfermeira Mônica Calazans, está “em desacordo com a lei”.
“Poderíamos num ato simbólico ou numa jogada de marketing iniciar a primeira dose em uma pessoa, mas em respeito a todos os governadores, prefeitos e todos os brasileiros, o Ministério da Saúde não fará isso”, acrescentou o ministro, em clara crítica ao início da vacinação no estado de São Paulo, liderada pelo governador João Doria.
Segundo Pazuello, o acordo firmado com o Instituto Butantan prevê a entrega de todas as doses produzidas ou importadas pelo Instituto ao Ministério da Saúde. Atualmente, 6 milhões de doses da CoronaVac estão prontas para aplicação.
O regime de administração da CoronaVac demandar a aplicação de duas doses para a imunização, o que significa que essa quantidade de doses atende 3 milhões de pessoas.
Conteúdo: Revista Veja
Foto: Divulgação/Euzivaldo Queiroz