A polêmica envolvendo a falta de vacinas suficiente para atender a demanda na campanha de vacinação contra a Covid-19 no Amazonas repercutiu nesta quarta-feira, 27, na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), e os deputados Serafim Corrêa (PSB) e Wilker Barreto (Podemos) cobraram que o governo do Estado e a Prefeitura de Manaus não esperem somente pelo governo federal, mas busquem comprar vacinas, a exemplo de outros Estados, no mercado internacional.
Serafim sugeriu que o governo e a prefeitura façam adesão com o consórcio Nordeste se referindo ao grupo de Estados nordestinos que estão negociando a compra da vacina russa Sputinik V.
“Estamos no momento que precisamos ter a vacina, temos no momento 12 milhões de vacinas, mas precisamos de 300 milhões de vacina para poder imunizar 150 milhões de habitantes”, sugeriu Serafim.
De acordo com o deputado, o consórcio Nordeste já tem autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para negociar com laboratórios internacionais. “Entendo que novos atores têm que entrar na disputa internacional. Os laboratórios estão dizendo que não conversam com a iniciativa privada. Cabe então aos governadores. Esta sugestão que faço a todos os governadores do Norte. Os governadores do Nordeste já se organizaram”, afirmou.
Wilker Barreto (Podemos) também foi na esteira do colega e defendeu que o governo estadual tome a frente na compra das vacinas.
“O governo do Estado do Amazonas precisa entender que a solução para a Covid é entrar na compra internacional de vacinas. Inclusive num viés econômico. Quem se vacinar primeiro retomará a atividade econômica. Eu entendo se nós temos dinheiro em caixa e eu sei que nós temos, temos que tirar o fardo de cima do governo federal, que tem um país para tomar conta. Se cada unidade da federação assumisse a sua responsabilidade dentro da sua capacidade de investimento. Temos que chamar aqui o secretário de Saúde (Marcellus Campêlo) e o secretário de Fazenda (Alex Del Giglio) para dizer o que está faltando para o Amazonas entrar na briga mundial da compra de vacinas”, concluiu.
Augusto Costa, para O Poder
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