A Rússia registrou sua terceira vacina contra a Covid-19, anunciou o primeiro-ministro Mikhail Mishustin neste sábado, 20. O imunizante ainda não chegou à fase final dos testes clínicos.
“A partir de meados de março, as primeiras 120 mil doses [da terceira vacina] estarão disponíveis. Hoje, a Rússia é o único país que tem três vacinas”, comemorou Mishustin em uma reunião de gabinete.
Chamada de Kovivak, este imunizante foi fabricado pelo Centro de Pesquisa Shumakov, em Moscou. A Rússia já registrou a vacina Sputnik V, em agosto, e EpiVacCorona, em outubro, e está vacinando sua população.
O registro da Kovivak supõe que passará para a fase 3 dos testes clínicos, prevista para março, com 3 mil pessoas, segundo fontes oficiais.
Diferentemente das duas primeiras vacinas, esta usa um vírus inativado, uma tecnologia mais tradicional. O Ministério da Saúde explicou que é uma vacina recomendada para pessoas entre 18 e 60 anos.
O primeiro imunizante do país, o Sputnik V, teve o anúncio considerado rápido demais e despertou suspeitas internacionais, agora conta com o reconhecimento da comunidade científica após estudo publicado na revista médica The Lancet, validado por especialistas independentes.
No momento, este fármaco é usado em cerca de 20 países, e as autoridades russas estão tentando chegar a acordos de produção em todo mundo para atender a demanda. Em paralelo, busca-se aumentar a oferta de vacinas para os cidadãos russos.
“Estamos acelerando a produção de vacinas. Mais de 10 milhões de doses da Sputnik V e 80 mil de EpiVacCorona já foram produzidas”, relatou Mishustin neste sábado.
A Rússia registrou 4,13 milhões de casos de covid-19, um número que a coloca em quarto lugar no mundo no total de infecções, atrás de Estados Unidos, Índia e Brasil.
Seus dados oficiais são parciais, porém, já que contabilizam apenas aqueles falecidos por covid confirmados após realização da necropsia.
Na quarta-feira, o país registrava oficialmente mais de 82 mil óbitos pela Covid-19, mas, no final do ano passado, o escritório russo de estatísticas declarou que havia 162 mil mortes no território ligadas ao coronavírus.
Conteúdo: G1
Foto: Shami Zhurmatov/Reuters