A medida do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que alterou o limite de reembolso para despesas médicas dos deputados em 170%, repercutiu negativamente entre alguns deputados da bancada federal do Amazonas. O valor era de R$ 50 mil e foi para R$ 135,4 mil.
O deputado federal, José Ricardo (PT-AM), foi contra a decisão e afirmou que R$ 50 mil já era um valor considerado alto. Além disso, ele informou usar o próprio plano de saúde e não a verba da Câmara Federal.
“Esse valor já era alto. Eu nunca usei, pois os deputados já têm plano de saúde, que cada um paga. Eu pago o meu. Sou contra aumentar privilégios aos parlamentares. Não há necessidade, principalmente, neste momento em que o país passa por uma grave crise sanitária, com o agravamento da pandemia da Covid-19”, alfinetou.
O deputado Delegado Pablo (PSL-AM) também se manifestou contrário ao benefício. “Não sou a favor de gastos extraordinários, além dos já necessários ao desempenho do mandato. Abri mão, desde o início do mandato, de coisas como a aposentadoria especial e outros auxílios que considero desnecessários. Reitero que nunca pedi ressarcimento de nenhuma despesa de saúde”, afirmou.
Outro lado
O Portal O Poder entrou em contato via aplicativo de mensagem com o vice-presidente da Câmara, deputado Marcelo Ramos, além dos deputados da bancada do Amazonas, Bosco Saraiva (Solidariedade), Sidney Leite (PSD), Silas Câmara (Republicanos), Capitão Alberto Neto (Republicanos) e Átila Lins (PP), mas até a publicação da matéria não obteve resposta.
Augusto Costa, para O Poder
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