A exploração do babaçu no Amazonas foi defendida nesta terça-feira, 6, pelo deputado Sinésio Campos (PT), na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam). O parlamentar apresentou requerimento solicitando audiência pública em Boa Vista do Ramos, no Baixo Amazonas, local onde é abundante a plantação de babaçus, que em tupi-guarani significa coco grande, e gera mais de 300 mil empregos na região do Nordeste.
Sinésio Campos afirmou que, como técnico agropecuário, defende a exploração do babaçu no Amazonas. Ele relembrou que há 30 anos houve uma tentativa do cultivo de dendê em Presidente Figueiredo e mais municípios, mas o cultivo não se adaptou à nossa região.
“Descobrimos que no Baixo Amazonas temos mais babaçu que no Maranhão. Estou apresentando requerimento para realização de audiência pública em Boa Vista do Ramos e Maués, pois em quase todos os municípios do baixo Amazonas tem babaçu para produção de óleos e ração animal. Vou voltar como vice-presidente da Comissão de Agricultura a defender a produção do babaçu. Vamos trazer pesquisadores e empreendedores do Nordeste do Maranhão e poderemos fazer uma visita para ver a exploração do babaçu”, sugeriu.
Sinésio destacou, ainda, o tamanho da planta com cachos que chegam a mais de 1 metro e 50 centímetros com alto valor comercial. “Por isso eu quero apresentar hoje esse requerimento, solicitando audiência pública e para que se possa fazer a exploração sustentável do babaçu no Amazonas”, ressaltou.
Na esteira do colega, Tony Medeiros (PSD) defendeu a exploração do babaçu no Amazonas. “Acompanhei o dados do Inpa e o Amazonas possui mais de 5 milhões de pés de babaçu na região do Baixo Amazonas”, ressaltou.
Exploração do babaçu
O coco de babaçu tem de uma a sete amêndoas. Dentro de cada uma delas existe um embrião, que dará origem a uma nova palmeira.
Os estados de Tocantins, Piauí, Pará e, principalmente, Maranhão são os locais onde está a maior concentração da planta. São também os lugares onde estão as quebradeiras de coco – mulheres que tiram do babaçu o sustento de toda a família. Em todo o Nordeste, 350 mil delas trabalham com o aproveitamento do fruto.
Augusto Costa, para O Poder
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