O vice-presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado estadual Carlinhos Bessa (PV), criticou a venda dos aeroportos de Manaus, Tabatinga e Tefé, feita pelo governo Bolsonaro à empresa francesa Vinci por um quantia de R$ 420 milhões. Vale lembrar que o valor inicial da venda teve um crescimento 777% em relação à outorga mínima exigida no edital, que era de R$ 47,86 milhões.
Bessa relembrou que somente a última reforma realizada no aeroporto internacional de Manaus Eduardo Gomes, em 2018, foram gastos mais de R$ 400 milhões pelo governo federal.
O deputado, depois de ver um texto na internet, sobre a privatização dos aeroportos de Manaus, Tefé e Tabatinga, disse que tomou conhecimento que os aeroportos foram leiloados por um preço inicial muito menor.
“Foram gastos na reforma somente do aeroporto internacional Eduardo Gomes R$ 400 milhões, sem contar o investimento de mais R$ 27 milhões na ampliação e melhorias das pistas, totalizando R$ 427 milhões. Se de 2018 para cá foram gastos R$ 427 milhões, como pode se ofertar um bloco de aeroportos por R$ 420 milhões, num preço menor do que foi investido? Não tem lógica”, questionou.
Carlinhos Bessa afirmou, ainda, que “a galinha dos ovos de ouro” não existe, e que o governo federal está omitindo a informação. “Acredito que hoje o governo federal está tendo prejuízo. Porque o investimento foi maior do que o valor arrematado. Quero chamar a atenção que eu não concordo. A realidade não é lucro, é prejuízo”, alfinetou.
O deputado Serafim Corrêa (PSB) foi na esteira do colega e criticou a medida do governo federal. “Concordo com vossa excelência, entendo que se era para o governo federal dar a concessão mediante um ágio, não deveria ter reformado o aeroporto. Deveria ter feito a concessão e atribuído a concessionária a responsabilidade de fazer a obra. Ele fez ao contrário, ele fez a obra e depois deu a concessão”, ressaltou.
Augusto Costa, para O Poder
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