A liberação de atividades da Sovel da Amazônia Ltda pela justiça do Amazonas repercutiu na manhã desta segunda-feira, 12, durante a Sessão Plenária da Câmara Municipal de Manaus (CMM).
O vereador Caio André (PSC), representante do Governo do Amazonas no Parlamento Municipal, falou que o Estado irá entrar com um recurso contra o Mandado de Segurança Cível solicitado pela Sovel da Amazônia Ltda contra o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).
Na última sexta-feira, 9, a juíza Kathleen dos Santos Gomes, plantonista do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) autorizou o retorno das atividades da fábrica de papel. A decisão está aqui.
O vereador Bessa (SD) criticou a Justiça amazonense e a fábrica por poluir. “Algumas pessoas tratam a situação ambiental em Manaus como brincadeira e não é”, comentou. Ele também falou sobre a diferença de conduta de órgãos fiscalizadores para com grandes e pequenos empresários.
Já Mitoso (PTB) explicou que foi preciso muito esforço para fazer com que as autoridades fossem ao local. “Não é a multa que vai fazer com que os danos de 20 anos sejam reparados. O valor de R$ 300 mil não repara o prejuízo. É preciso dar a punição para empresa como exemplo. Mas a Justiça entendeu de outra forma, lamento’, disse o parlamentar ao frisar que é preciso manter a técnica jurídica, levando em consideração o que a população quer.
Antes, Kennedy Marques (PMN), presidente da Comissão de Meio Ambiente, Recursos Naturais, Sustentabilidade e Vigilância Permanente da Amazônia (Commaresv) da Casa Legislativa, categorizou a multa concedida ao Ipaam como insignificante e que a Sovel da Amazônia deveria recuperar o Lago da Colônia, na Zona Leste.
Priscila Rosas, para O Poder
Foto: Robervaldo Rocha/ CMM