Antônio Ferreira dos Santos, o “Tonho” (PP), prefeito de Codajás, a 297 quilômetros de Manaus, gastou R$ 868 mil do dinheiro público com consultorias contábil e jurídica, além de serviços de terraplanagem. Somente com a empresa contábil, que possui sede em Manaus, foram gastos R$ 214 mil. Conforme o documento de contratação, a empresa deve assessorar a prefeitura na gestão pública.
O documento com dispensa licitatória, usada para desburocratizar e tornar a contratação mais rápida, foi divulgado no Diário Eletrônico da Associação Amazonense dos Municípios (AAM).
A empresa escolhida para o serviço é a “Record Processamento e Contabilidade”, de CNPJ 34.586.982/0001-67. Segundo dados da Receita Federal, a contratada tem sede no bairro Aleixo, Zona Centro-Sul de Manaus.
O contrato diz, ainda, que o serviço será realizado durante o período de 12 meses e que o valor de R$ 214 mil só será pago após a conclusão do serviço.
Confira o documento:
Terraplanagem
O prefeito ainda gastou R$ 564 mil contratando a empresa “Philar Construções e Terraplanagem”, de CNPJ 16.835.243/0001-80. A construtora também é de Manaus e fica situada no bairro Dom Pedro, Zona Centro-Oeste.
O documento não especifica o motivo da contratação. O prazo de realização do serviço é de apenas 6 meses, contados a partir da assinatura contratual, feita em 1º de fevereiro.
Confira o documento de contratação:
Consultoria jurídica
Um outro gasto de R$ 90 mil foi efetuado com a contratação de serviços jurídicos. O contrato com a empresa “Antônio Batista Sociedade Individual de Advocacia” tem vigência de 12 meses.
A contratada de CNPJ 18.212.545/0001-27 também possui sede em Manaus, no bairro Adrianópolis, Zona Centro-Sul. Conforme o contrato, a prefeitura deve se beneficiar da consultoria jurídica durante 12 meses.
Confira o documento:
Sem resposta
O Poder tentou contato com a secretaria de comunicação de Codajás para saber mais detalhes sobre a necessidade da dispensa licitatória na contratação da empresa de contabilidade. Em resposta, a assessoria afirmou apenas que o valor gasto na contratação é o valor de mercado.
Yasmim Araújo, para O Poder
Foto: Reprodução Redes Sociais