O deputado estadual Cabo Maciel (PL) denunciou na Sessão Ordinária da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) desta terça-feira, 11, as dificuldades que os moradores de Santo Antônio do Matupi, no Sul do Amazonas, estão enfrentando. Segundo o parlamentar, as famílias estão passando fome.
“Santo Antônio do Matupi está parado! Não está produzindo e os negócios estão paralisados. Ninguém é contra as operações. Se forem legais, que continuem”, disse.
Escravidão
No último fim de semana, a Polícia Federal, por meio da “Operação Áurea”, resgatou 12 trabalhadores em situação análoga à escravidão nas proximidades da comunidade. Porém, essa não foi a única problemática da localidade.
Maciel pediu na tribuna para que os órgãos fiscalizadores estejam presentes na comunidade para suavizar os problemas e as irregularidades que a população enfrenta.
“Eu quero pedir ao presidente Bolsonaro (sem partido) e ao governador Wilson Lima (PSC) para discutir a legalização fundiária. Não podemos deixar uma região tão promissora passar pela fome e comércio parado”, disse.
O parlamentar ainda comentou sobre os serviços ilegais que acontecem na região. Por estar no Sul do Amazonas, conhecido pelo desmatamento e atividades agropecuárias intensas, Santo Antônio do Matupi é um vilarejo conhecido como “180” por estar localizado nessa quilometragem da BR-230, a Transamazônica. Ele está localizado dentro da área municipal de Manicoré.
“Precisamos dar a devida legalidade a quem quer trabalhar de forma legal e é necessário que se abra essa discussão. Mesmo assim, quem quiser trabalhar na ilegalidade que sofra as sanções”, finalizou de forma inflamada ao mostrar-se indignado com toda a precariedade enfrentada pelos habitantes.
Ao fim do discurso de Cabo Maciel, o presidente da Sessão, Carlinhos Bessa (PV) ainda brincou oferecendo um suco de maracujá para acalmar o colega.
Priscila Rosas, para O Poder
Foto: Hudson Fonseca/Aleam