O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) insiste que há supernotificação de mortes e casos por covid-19 no Brasil. A declaração foi feita nesta quarta-feira, 9, mesmo após o Tribunal de Contas da União (TCU) negar a existência de um relatório com dados não comprovados sobre os óbitos por Covid-19 citado por Bolsonaro para defender a tese.
“No meu entendimento, sim, tivemos supernotificações no Brasil. Alguns governadores praticaram isso aí. Em consequência, tem gente querendo desqualificar o que estou falando para não incriminar governadores”, disse o presidente a apoiadores.
“Segundo os estudos ali, estudos estatísticos não conclusivos, a supernotificação pode chegar a 45% [em 2020]”. Na segunda-feira, Bolsonaro afirmou que “em torno de 50% dos óbitos de 2020 por covid não foram por covid, segundo o Tribunal de Contas da União”, completou.
Porém, o documento foi feito em caráter pessoal pelo auditor Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques. Ele foi afastado hoje.
Para Bolsonaro, as medidas restritivas adotadas por governadores e prefeitos foram justificadas pela suposta supernotificação de casos e mortes.
“Com supernotificações, alguns governadores tinham que justificar isso aí. Justificam como? Com lockdown, toque de recolher, fechamento de comércio, arrebentando com a população do Brasil, levando à morte por outros meios, depressão, suicídio, desespero”, disse o presidente.
Conteúdo: Poder360
Foto: Isac Nóbrega/PR