Após visita técnica ao Aterro de Resíduos Sólidos de Manaus (quilômetro 19 da AM-010), a Comissão de Geodiversidade, Recursos Hídricos, Minas, Gás, Energia e Saneamento da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), presidida pelo deputado Sinésio Campos (PT), constatou que o local tem apenas três anos de vida útil e deve encerrar as atividades em 2024.
A visita realizada na quinta-feira, 10, foi proposta por Sinésio Campos, autor da Emenda Constitucional nº 93 de 5 de maio de 2016, já incluída na Constituição do Estado, que cobra a aplicação da Política de Saneamento Básico, no Amazonas.
Sinésio Campos afirmou, ainda, que com a constatação do término de vida útil do aterro, em três anos, é preciso escolher junto com a população de Manaus e entidades ligadas ao tema, um novo local para destinação dos resíduos sólidos.
“Essa é uma discussão que devemos ter junto com a sociedade, para que seja implantado um aterro sanitário controlado com base nas tecnologias mais atuais, garantindo um investimento seguro. A aplicação da Política de Saneamento Básico, na capital e interior, é uma luta que travo há alguns anos, inclusive, sou autor da Emenda Constitucional de número 93, de 5 de maio de 2016, já incluída na Constituição do Estado, que cobra a aplicação dessas medidas”, afirmou.
O gerente operacional do Aterro de Resíduos Sólidos de Manaus, engenheiro civil Peter Luiz Maia Costa, confirmou o prazo de três anos para encerramento do aterro sanitário, mas afirmou que o complexo pode ter sua área de atuação expandida, prolongando, dessa maneira, o uso do local em até 20 anos. Outra solução apontada é a implantação do aterro, em outro local.
“Há a possibilidade da instalação do aterro em outra área, entretanto, um aterro, geralmente, é projetado para durar 30 anos, uma obra de médio a longo prazo. A escolha do terreno não é uma tarefa fácil, pois existe a questão ambiental e social, com impacto de vizinhança. Por mais que seja um aterro planejado, com toda a infraestrutura, obedecendo as normas de engenharia sanitária, os moradores do entorno não querem ter como vizinho um aterro. Mas, de modo preventivo, já estamos elaborando, também, um estudo de ampliação do complexo com uma projeção de mais 20 anos de vida útil, a partir de 2024”, ressaltou.
Aterro sanitário
O aterro sanitário possui uma área de 66 hectares, recebe o lixo da cidade desde o ano de 1985, mas, a tecnologia para manejo de resíduos sólidos foi empregada em 2006. Mesmo assim, a Cachoeira Alta do Tarumã e igarapés, como o da ponte da Bolívia e Conceição, foram contaminados pelos dejetos do complexo.
Da Redação O Poder
Com informações da assessoria
Foto: Acervo O Poder