Ainda sem uma data definida, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deve desembarcar em Roraima em julho para tratar, entre outros assuntos, de regularização fundiária e do Linhão de Tucuruí. O dia da visita do presidente ao Estado ainda está sendo definido pela Casa Civil.
As informações foram confirmadas pela titular da Secretaria de Estado de Representação do Governo de Roraima (Serbras) em Brasília, Gerlane Baccarin. Sem dar muitos detalhes, ela informou que a vinda do presidente não será especificamente para tratar apenas de uma pauta.
“Não existe, a princípio, um tema específico. Serão temas de interesse do Estado. Uma visita de cortesia. Roraima tem apresentado índices satisfatórios de crescimento e o presidente também tem interesse no avanço econômico do nosso Estado”, revelou Gerlane.
Ainda de acordo com a secretária, Bolsonaro foi quem manifestou o desejo de visitar Roraima no próximo mês.
“Quando participamos da agenda, o próprio presidente disse que quer ir em julho. Que era para assessoria dele reservar uma data na agenda”, complementou.
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A provável vinda do presidente foi anunciada nesta quarta-feira, 16, pelo deputado estadual Jânio Xingú (PSB), no momento em que usava a tribuna na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR).
“O deputado [federal] Hiran Gonçalves [PP] conversou com Jair Bolsonaro e ele sinalizou que em julho vai visitar Roraima. Ainda não tem o dia. Eu acabei de falar com Gerlane [Baccarin], que é secretária da Representação em Brasília, e ela me disse: ‘já estão tratando da data na Casa Civil. O presidente já garantiu que no próximo mês vai visitar os roraimenses’”, contou Xingu.
Linhão de Tucuruí
A polêmica obra do Linhão de Tucuruí, que vai interligar Roraima ao sistema elétrico brasileiro, se arrasta há anos e divide opiniões. Ela é considerada uma das principais alternativas para acabar com os problemas energéticos no Estado. Porém, há vários entraves que impedem o avanço da interligação, como questões indígenas e ambientais.
Frequentemente, são registradas interrupções no fornecimento em Roraima. Antes abastecido pela Venezuela, através do Linhão de Guri, o Estado suspendeu o uso de energia do país vizinho em 2018 após o registro de vários apagões e passou a contar com usinas térmicas locais para suprir a demanda.
Entre 2018 e 2020, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), foram registrados 127 blecautes.
Anderson Soares, para O Poder
Foto: Divulgação