Sem espaço para suas pretensões de disputar a eleição para governo do Estado em 2022, o advogado e ex-candidato a prefeito de Manaus, Marcelo Amil, anunciou nesta segunda-feira, 19, em suas redes sociais que está deixando o Partido Comunista do Brasil. O advogado divulgou uma nota justificando a sua saída da sigla comunista.
Com exclusividade ao Portal O Poder, Amil informou que não vai “abrir mão” do seu projeto de disputar uma eleição majoritária em 2022 e que está avaliando um novo partido para se filiar. Ao ser questionado se a falta de apoio no PCdoB teria sido o motivo de sua saída, Amil foi enfático.
“Eu não diria não ter apoio, pois tinham membros até da direção que apoiavam a ideia. Na base, o apoio era bem grande, inclusive. Ocorre que há uma resolução aprovada de não haver candidatura própria e apoiar uma candidatura de fora em prol da frente ampla. Como eu estou construindo uma candidatura ao governo, avessa a todos os atuais pré-candidatos, entendi que deveria buscar outro espaço. Minha saída do partido foi exatamente para manter o projeto. Eu serei candidato a governador em 2022”, afirmou.
Sobre a possível falta de apoio do partido, apesar da boa campanha para prefeito de Manaus em 2020, quando apresentou um crescimento positivo no alcance do PCdoB no Estado, Marcelo Amil admitiu que na campanha majoritária faltou o apoio de alguns candidatos a vereador quando disputou a prefeitura.
“Não do partido, pois o que acertei com a direção eu cumpri e vice-versa. Mas houve, sim, quadros expressivos na eleição para vereador que simplesmente ignoraram que o partido tinha candidatura própria”, ressaltou.
Apesar de dar a sua saída do PCdoB como certa, Marcelo Amil preferiu ser cauteloso e disse que ainda não sabe em qual partido vai se filiar. “Nos próximos dias pretendo conversar com todos os partidos do campo progressista”, adiantou.
O Portal O Poder entrou em contato com o presidente estadual do PCdoB, Eron Bezerra, mas, até a publicação dessa matéria, não obteve sucesso.
Augusto Costa, para O Poder
Foto: Acervo O Poder
Edição e Revisão: Alyne Araújo e Henderson Martins