Para o vereador Bessa (SD) a vara do Meio Ambiente do Ministério Público do Amazonas (MPAM) ataca locais que não são relevantes. A crítica foi realizada nesta terça-feira, 3, durante discurso do Grande Expediente da Câmara Municipal de Manaus (CMM). O tema foi levado ao plenário pelo vereador Kennedy Marques (PMN), que comentava sobre poluição dos igarapés dentro do Museu da Amazônia (Musa).
Para Bessa, os promotores de Justiça atacam locais que não tem relevância ambiental para Manaus, enquanto existem crimes ambientais mais sérios ocorrendo na capital amazonense.
“Tem áreas que possuem pontos de táxi ou de cachorro-quente e denunciam como se estivessem destruindo o meio ambiente. Daí, denunciam para a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), que tem contingente que trabalha para a educação ambiental e não para a fiscalização”, relatou.
Conforme explicação do parlamentar, na gestão de Arthur Neto (PSDB) foi feita uma indicação para constituir uma Brigada Ambiental em Manaus, mas que houve “vistas grossas”.
“Vou reiterar a indicação, pois temos que ter uma brigada municipal. A Brigada Municipal de Recife (PE) tem 25 anos. É uma vergonha para nós”, lamentou. “Isso é um problema sério e ouso dizer que é o pior problema da cidade de Manaus. Nós não temos força para enfrentar invasões, cuidar dos igarapés poluídos e combater ataques a reservas e locais protegidos. Temos informações que o pessoal caça e tira madeira de dentro da reserva. O que acontece é a impunidade e que não tratamos o meio ambiente com seriedade”, reprovou Bessa.
Políticas Públicas
Segundo o parlamentar é preciso haver políticas públicas que envolvam educação ambiental e ações mais severas em crimes ambientais como, por exemplo, invasões de áreas verdes, retirada de árvores sem consentimento da prefeitura e poluição de igarapés.
“Lixo é dinheiro, por exemplo, e Manaus está jogando fora dinheiro. Eu tenho muita esperança na gestão do prefeito David e na Semulsp para ações sobre isso. Eu tenho esperança de combater crimes ambientais”, disse.
O parlamentar finalizou o discurso falando que as pessoas perderam o respeito pelo Meio Ambiente e que qualquer ação sobre este tipo de crime é “enxugar gelo” se não for feito com seriedade.
O Poder entrou em contato com o Ministério Público do Amazonas (MPAM) pedindo um posicionamento sobre a acusação de Bessa, mas até o fechamento da matéria não obteve resposta.
Priscila Rosas, para O Poder
Foto: Divulgação
Edição e Revisão: Alyne Araújo e Henderson Martins