O vereador Sassá da Construção Civil (PT) criticou os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que farão uma manifestação de apoio no próximo dia 7. Para o petista, manifestantes são “covardes e babacas”. A declaração foi feita durante seu discurso no Grande Expediente desta terça-feira, 24, na Câmara Municipal de Manaus (CMM).
“Eu fico triste porque tem gente que vai. Para mim é ser babaca de partido político. Eu estou vendo o país perder o rumo. Eu não participo de nenhuma manifestação porque eu sou a favor do trabalhador”, analisou. “Eu vejo gente falando que vai fechar o Supremo e aí quando é preso, fica pianinho. É um bando de covarde”, completou.
O parlamentar ressaltou que os protestos devem ser em favor do povo e não de partidos. “Eu não vejo ninguém querendo ir para a rua defender emprego no Distrito, impedir empresa de ir embora, aumento da gasolina e gás, inflação, pelos 570 mil mortos por covid-19 ou pedir aumento de salário. Tem que ir para a rua defender o povo e ter peito para isso. Mas quem está lá fora só falando mal das pessoas é moleque”, criticou Sassá. “Acho que se deve protestar pela maioria e não por fanatismo”, acrescentou.
Sassá disse que no próximo dia 7 irá arrecadar alimentos e cestas básicas para doar a quem está passando fome. “Os empresários que bancam protestos deveriam doar cestas básicas para quem passa fome. Eu também quero convidar esse povo valente nas redes sociais para dar alimentos para os que estão passando fome”, concluiu.
O petista não concedeu aparte ao bolsonarista Capitão Carpê Andrade (Republicanos) que, depois, em uma questão de ordem, rebateu as críticas do colega.
“Eu ia pedir aparte só que o vereador não prestou atenção e eu estava de frente para ele. Dia 7 de setembro, o povo brasileiro, que não é babacas, são pais de famílias, trabalhadores que acreditam em Deus e na democracia, são patriotas, estará na Ponta Negra buscando democracia, livre pensamento e pela não ditadura”, disse. “Hoje, no Brasil, estamos passando por momentos sombrios e o PT por muitos anos venceu ‘no grito’ igual a alguns políticos. Mas quando o grito não resolve, nós temos que ir para as ruas buscar direitos”, alfinetou o parlamentar.
Priscila Rosas, para O Poder
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Edição e Revisão: Alyne Araújo e Henderson Martins