Uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público (MP) em conjunto com a Polícia Civil (PC) prendeu nesta quinta-feira, 2, o servidor público terceirizado Erleson Corrêa Lima, 28, suspeito de integrar uma organização criminosa que desviou quase R$ 1 milhão de autos processuais em Parintins (a 369 quilômetros de Manaus).
De acordo com o delegado do 3º DIP, Adilson Cunha, Erleson Corrêa Lima tinha uma senha de acesso e passou a movimentar dinheiro de processos. Os recursos ficavam em caixa.
“Erleson começou a transferir esses recursos para contas de amigos, entre eles, Jorge Omar Fontinele Ribeiro Neto, 33, Alan Cardelli Oliveira, 26 e Samuel Matos Ramos, 28, também presos”, explicou o delegado.
Investigação
Conforme o delegado, por meio da investigação foi possível chegar aos criminosos presos nesta quinta-feira, 2. O delgado ressaltou que as diligências devem continuar, até pelo fato de um dos alvos não ter sido localizado.
“Existem outras pessoas envolvidas que foram presas em Manaus e outras a serem localizadas e encarceradas, conforme o mandado de prisão temporária”, disse o delegado.
O delegado informou que o grupo conseguiu desviar de dentro do Tribunal de Justiça valores que podem ultrapassar R$ 1 milhão.
Lavagem de dinheiro
Adilson Cunha explicou que parte do dinheiro foi usado pela quadrilha para investimento em uma loja de celulares no município, que pertenceria a Erleson Corrêa. “A maior parte desse dinheiro, provavelmente foi investido nessa loja, que é um empreendimento novo, que começou a funcionar em meados de abril, com vendas de celulares novos e de altos valores”, disse o delegado.
O delegado explicou que a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão na loja e na residência dos suspeitos. Ainda de acordo com o delgado, os suspeitos poderão responder por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Henderson Martins, para O Poder
Foto: Divulgação
Colaborou, Carlos Alexandre, da Rádio Clube e site CNA7