O presidente americano Joe Biden assinou uma ordem executiva para que o Departamento de Justiça e outras agências federais avaliem a retirada do sigilo imposto sobre os documentos de investigações do FBI sobre os ataques de 11 de setembro.
O democrata vem sendo pressionado por familiares das vítimas para pôr fim ao sigilo que já dura quase duas décadas. Eles acreditam que os arquivos possam indicar se a Arábia Saudita teve alguma participação nos atentados terroristas.
Quinze dos 19 terroristas da al-Qaeda envolvidos no ataque eram de origem saudita, mas a Comissão do Congresso que investigou o mais trágico atentado em solo americano não achou indícios de que eles foram financiados pelo reino.
“Quando me candidatei à presidência, assumi o compromisso de garantir a transparência quanto à divulgação de documentos sobre os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001”, disse Biden em um comunicado.
A ordem executiva assinada pelo presidente dos Estados Unidos prevê que, após essa avaliação, o Procurador-Geral divulgue publicamente todos os documentos que tiverem seu sigilo derrubado dentro de seis meses.
“Nunca devemos esquecer a dor das famílias das 2.977 pessoas inocentes que foram mortas durante o pior ataque terrorista aos EUA em nossa história”, disse o democrata.
Prazos para liberação dos documentos
Segundo a ordem presidencial, as agências federais terão que apresentar os pareceres sobre o fim ou não do sigilo – e os próprios documentos – até março de 2022. Cada tipo de informação poderá vir a público em um prazo diferente:
- Até 11 de setembro de 2021: relatório do FBI sobre os atentados de 11 de setembro feito por uma Comissão do Congresso.
- Em até 2 meses:relatório sigiloso do FBI sobre as investigações – consideradas encerradas em 2021.
- Em até 4 meses: todos os relatórios e entrevistas, análises e investigações iniciais do FBI sobre suspeitos e indivíduos que têm relação com o caso.
- Em até 6 meses:todos os outros documentos que sejam relevantes para a investigação e que mostrem conexões de indivíduos a agências ou governos estrangeiros.
Caso algumas das informações tenham que seguir sigilosas por razões de segurança nacional, diz a ordem executiva, cabe ao Procurador-Geral ou ao chefe da agência responsável pelas informações definir o status da divulgação.
Conteúdo: G1
Foto: Acervo O Poder