O presidente da Câmara Municipal de Boca do Acre em 2019, vereador Valfrido de Oliveira Neto, foi condenado a pagar cerca de R$ 290 mil, entre multa e alcance, pelo Pleno do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM). O parlamentar teve as contas julgadas irregulares durante a 32ª Sessão Ordinária, ocorrida na manhã desta terça-feira, 21, no plenário da Corte de Contas.
O julgamento foi marcado por ter sido a primeira sessão realizada presencialmente após quase um ano e meio de sessões virtuais. A reunião plenária contou com transmissão, ao vivo, pelos perfis oficiais do Tribunal no YouTube, Facebook e Instagram, além da transmissão, em áudio, pela Rádio Web, disponível em www.tce.am.gov.br.
O relator do processo, conselheiro Júlio Cabral, observou ao menos seis irregularidades acometidas pelo gestor da Câmara Municipal no exercício de 2019, vereador Valfrido Neto.
Dentre as impropriedades apontadas no relatório, o gestor deixou de dispor financeiramente ao final do exercício e não completou os restos a pagar, não designou fiscal para um contrato de abastecimento de combustível, deixou de ter em seu quadro permanente da Comissão de Licitação o mínimo necessário de servidores qualificados, bem como apresentou falhas de controle por fiscal em execução de contrato.
No relatório foi informado, ainda, que não houve autuação do controle interno da Câmara Municipal e a ata de registro de preços ocorreu no mesmo instrumento da celebração de contrato, ato considerado irregular.
Pelas irregularidades, o gestor foi multado em, aproximadamente, R$ 23,9 mil, e considerado em alcance de R$ 265,4 mil, totalizando R$ 289,3 mil a serem retornados aos cofres públicos. O vereador tem o prazo de máximo de 30 dias para recorrer da decisão ou efetivar o pagamento da multa.
Com informações da Assessoria
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