A “lentidão” da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), presidida pelo deputado Delegado Péricles (PL), em repassar o pedido de admissibilidade do processo de cassação por quebra de decoro parlamentar da deputada Joana Darc (PL) para a Comissão de Ética, foi questionada nesta segunda-feira, 27, pelo deputado Sinésio Campos (PT).
O parlamentar cobrou mais agilidade da CCJR. “O processo não está na Comissão de Ética, ainda está na CCJR, com o deputado Péricles. Se estivesse comigo já teria sido resolvido. Está no processo de ver a admissibilidade. O último estágio é a Comissão de Ética”, afirmou.
Sinésio Campos, que é o presidente da Comissão de Ética, afirmou para a reportagem do Portal O Poder, que quando o processo de admissibilidade por quebra de decoro estiver em suas mãos, o trâmite vai prosseguir. “Eu convoco e e a decisão sai”, alfinetou.
Com a notificação, Joana Darc pode até perder o mandato parlamentar por ter acusado 16 deputados de venderem os seus votos por R$ 200 mil em dezembro do ano passado, durante a eleição do presidente da Aleam, deputado Roberto Cidade (PV).
Fontes nos bastidores da Aleam afirmaram que a decisão de cassar o mandato da deputada Joana Darc por quebra de decoro está dividindo os deputados. Uma parte dos parlamentares quer que o processo de cassação seja votado para cassarem a deputada. Enquanto outros parlamentares querem “travar” o processo para ganhar tempo e que “caia no esquecimento” até o próximo ano, quando haverá eleições para deputados.
Notificada
Ao ser questionada pela reportagem, a assessoria do presidente da CCJR, confirmou nesta segunda-feira, 27, que a deputada Joana Darc foi notificada na última sexta-feira, 24. A partir de agora, a parlamentar tem dez dias para apresentar a sua defesa. No dia 8, a comissão havia aprovado o processo de admissibilidade por quebra de decoro da deputada.
O Portal O Poder entrou em contato via aplicativo com a deputada Joana Darc, via aplicativo de mensagem, mas até a publicação desta matéria não obteve resposta.
Augusto Costa, para O Poder
Foto: Acervo O Poder
Edição e Revisão: Alyne Araújo e Henderson Martins