O Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) reúne, nos próximos dias, os conselheiros para definir o nome que vai comandar a Corte no biênio 2022/2023. A eleição irá acontecer no próximo mês, em outubro, com dia ainda a ser definido.
Como é de tradição, o Tribunal de Contas do Amazonas sempre escolhe como novo comandante da Corte o vice-presidente da gestão atual, no caso do biênio que se encerra este ano, o novo gestor seria o conselheiro Júlio Cabral, que compõe a gestão do presidente Mário de Mello.
O conselheiro Júlio Cabral, na linha sucessória do comando do TCE para o próximo biênio, informou na sessão do último dia 21, que não tem interesse em comandar a Corte de Contas. A retirada abriu espaço para um novo nome, que deve ser escolhido entre os demais membros do Tribunal.
Durante a sessão, Júlio disse ao demais conselheiros que não pretende assumir a presidência do Tribunal e pediu “espaço” para conversar com os colegas e definir o novo nome. “No meu pensamento, o candidato à presidência seria o conselheiro Júlio Pinheiro, pela questão da antiguidade”, disse Júlio Cabral.
Ainda durante a sessão, Júlio Cabral sugeriu ao presidente da Corte, Mário de Mello, que decida sobre a questão levantada, com a possibilidade de convocar uma reunião para discutir o assunto.
“Contudo, quero deixar bem claro que não quero e não desejo assumir a presidência no fim do seu mandato. Eu declaro que não consigo e não tenho condições ainda disso”, finalizou Júlio Cabral.
Em resposta, Mário de Mello disse que acredita no potencial e nas condições do colega Júlio Cabral para comandar a Corte, mas, que entende o posicionamento do conselheiro.
“Vossa excelência mostra como sempre o conhecimento que tem dentro desta Casa. Confesso que fico lisonjeado com o seu discurso, percebo que Vossa Excelência fez uma análise do cenário e quero lhe dizer, que a decisão que tomar será acatada por essa presidência. Mas, antes de tudo, quero comungar com o conselheiro Júlio Pinheiro, que vossa excelência tem toda condição de assumir o destino dessa Casa”, disse Mário de Mello.
Após a fala do presidente da Corte, o conselheiro Júlio Cabral ressaltou que mantém o posicionamento sobre a manutenção do rodízio em relação ao comando do Tribunal. “No caso, depois de mim, seria o presidente Júlio Pinheiro, mas, não resisto a quem quiser usar o direito de disputar a presidência dessa Casa. Por isso, acho que o senhor poderia convocar uma reunião para discutirmos, analisarmos e resolvermos essa questão”, disse Cabral.
Deliberação
Ao finalizar a sessão, Mário de Mello disse que iria convocar uma reunião com o conselho para deliberar a questão relacionada à nova presidência da Corte de Contas.
Eleição
O Tribunal de Contas do Estado vai eleger em outubro o próximo presidente para o biênio 2022-2023 na vaga do conselheiro-presidente da Corte Mário de Mello, que foi reeleito para o comando da instituição no biênio 2020/2021.
A posse dos novos dirigentes do TCE deve ocorrer em dezembro deste ano.
Tradição
Como é de tradição, em 2019, o Tribunal de Contas elegeu Mário de Mello presidente da Corte, no lugar da conselheira Yara Lins. Na configuração do comando no TCE no biênio atual, que se encerra este ano, Júlio Cabral é o atual vice, Júlio Pinheiro comanda a Corregedoria-Geral do TCE e o conselheiro Érico Desterro a Ouvidoria.
Henderson Martins, para O Poder
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