A lei das sacolas e suas adequações ainda “estão em alta” no plenário Adriano Jorge, da Câmara Municipal de Manaus (CMM). O vereador Dr. Daniel Vasconcelos (PSC) repudiou a cobrança de sacolas plástica por parte de empresários.
“Eu gostaria de deixar meu repúdio aos empresários dos supermercados e farmácias que cobram um preço absurdo nas sacolas. Estamos em um momento de crise. Algumas pessoas não pensam na sociedade e querem colocar a culpa nesse Parlamento”, criticou.
Vasconcelos frisou que é importante Manaus se adequar às políticas ambientais mundiais, como a retirada de circulação das sacolas plásticas, e que a lei municipal é um “ganho para o povo”.
“Os empresários estão tendo um lucro a mais ao cobrar um preço que já vem ‘embutido’. Eles estão se aproveitando de uma fragilidade da nossa sociedade em um momento que não é propício”, disse. O parlamentar chegou a falar que achou sacolas plásticas sendo cobradas por R$ 0,01 e que ficou surpreso com o preço.
O posicionamento de Daniel Vasconcelos é o mesmo da maior parte dos vereadores do Parlamento Municipal: o de culpar os empresários por cobrarem as sacolas plásticas. Nenhum deles admitiu erros, mas falaram que a Lei precisava de “ajustes”.
Apoio
O parlamentar disse que apoia a lei municipal e os colegas autores, vereadora Glória Carratte (PL) e Fransuá Matos (PV). “Estamos juntos nessa luta porque toda mudança requer resistência. Não podemos abaixar nossa cabeça para isso. A partir dessa emenda que o Marcelo Serafim (PSB) está propondo, tenho certeza que isso irá se ajustar e passaremos por essa etapa”, pontuou o vereador.
A emenda que o vereador se referiu é o Projeto de Lei nº 550/2021 que tramitou em regime de urgência nesta segunda-feira, 4. A matéria traz adequações como a proibição de distribuição gratuita e venda de sacolas plásticas e biodegradáveis até 2023. O PL foi encaminhado para a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR).
“Quando fazemos uma lei não podemos prever atos de má fé das pessoas. A lei não está errada, a adequação que estamos fazendo é para proteger a população da má fé dos empresários”, explicou Marcelo Serafim para O Poder.
Priscila Rosas, para O Poder
Foto: Robervaldo Rocha/CMM
Edição e Revisão: Alyne Araújo e Henderson Martins