O presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), David Reis (Avante), já gastou mais de R$ 2,2 milhões no teto da Casa Legislativa. No entanto, o valor não parece ser suficiente para evitar goteiras na estrutura.
Conforme levantamento feito pelo Portal O Poder, dois contratos foram firmados nos últimos três meses e o problema ainda não foi solucionado. A goteira no telhado do plenário Adriano Jorge, da Câmara Municipal de Manaus, tem repercutido nas redes sociais com as imagens dos servidores cobrindo uma televisão para não ser danificada pela água, enquanto a Sessão Ordinária dessa quarta-feira, 23, estava acontecendo.
Em janeiro, o Portal O Poder noticiou que o presidente da Casa Legislativa, David Reis (Avante), iria gastar mais de R$ 600 mil em serviços de engenharia para construção da cobertura e plataforma de manutenção do plenário da CMM. O extrato do contrato nº 003/2021, firmado com a empresa Charles de Melo Fernandes, inscrita sob o n° de CNPJ 27.301.392/0001-85, foi publicado no Diário Oficial de 19 de janeiro deste ano.
Além deste contrato, Reis também resolveu gastar R$ 1,6 milhão em uma dispensa de licitação para a reforma da cobertura da sede. A empresa responsável era a Vale do Rio Verde Construções Eireli que, apesar de ser uma empresa de construção, tem como atividade principal, segundo Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o comércio varejista de artigos de papelaria. Os serviços de engenharia estão como atividade econômica secundária.
Ano passado, Sassá da Construção Civil (PT) reclamou publicamente que o teto de seu gabinete tinha caído após uma forte chuva. À época, vários setores da Casa ficaram alagados.
Reis explicou que o aparecimento da goteira, geralmente ocasionada por infiltração, foi por conta da obra em andamento. “Desde que o prédio foi construído, este plenário não dispunha de telhado. Essa gestão está procedendo a correção de uma falha no projeto de nascimento desse prédio. Esse telhado está sendo posto pela primeira vez, mas a empresa está aí em cima e já estão averiguando e, com certeza, na volta dos trabalhos, o telhado já estará 100% integralizado igual ao outro que, ao invés de ter sido procedido o remendo, foi substituído integralmente”, justificou.
Priscila Rosas, para O Poder
Foto: Robervaldo Rocha/CMM
Edição e Revisão: Alyne Araújo e Henderson Martins