junho 5, 2025 09:49

Projeto de Lei quer amenizar o consumo de álcool por mulheres no Amazonas

Está em tramitação na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) o Projeto  de Lei nº 101/2022, que dispõe sobre o Programa Estadual de Prevenção ao Alcoolismo Entre Mulheres. A matéria é de autoria do presidente da Aleam, Roberto Cidade (PV).

O Projeto de Lei determina, em seu artigo 2º, que a Lei tem como objetivo promover a implantação no Estado do Amazonas de uma política pública que produza um conjunto de diagnósticos da prevalência dos Transtornos por Uso de Álcool nos diferentes municípios, ações preventivas e serviços de acolhimento e tratamento que contribuam de modo eficaz para a redução do consumo de bebida alcóolica entre as mulheres. O objetivo é inibir a ingestão excessiva que, entre outras consequências, causa graves riscos à saúde.

A matéria define, ainda, que fica instituída a Semana de Prevenção da Mulher contra o Alcoolismo, a ser realizada na semana que se inclua o dia 18 de Fevereiro, consagrado como Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo, para realizar eventos e atividades voltados a estimular a redução do consumo de álcool entre o público feminino.

Na avaliação do deputado Roberto Cidade, o alcoolismo progride no corpo feminino mais facilmente que no dos homens, e mesmo mulheres sem dependência alcóolica têm maior risco de desenvolver transtornos mentais e patologias físicas devido ao consumo contínuo de álcool. Cidade afirmou que nas últimas informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), antes da pandemia, o número de brasileiros que ingerem bebida alcoólica semanalmente subiu, e a alta foi impulsionada pelas mulheres, embora seja mais prevalente entre os homens.

“Em pouco mais de uma década, o consumo de álcool pela população feminina cresceu, aproximadamente, 30%. Quando se trata de alcoolismo, os números são muito alarmantes. Antes, havia sete vezes mais homens que faziam o uso abusivo e prejudicial do álcool do que mulheres. Mas, atualmente, a prevalência entre os sexos é cada vez mais semelhante. Entre as que fazem consumo, uma em cada quatro mulheres fazem consumo pesado de bebidas alcoólicas, sendo que 2% desenvolvem algum grau de dependência. Mesmo sem dependência, mulheres que consomem mais gramas de álcool por dia têm maior risco de desenvolver câncer de mama, osteoporose, hipertensão arterial, acidente vascular cerebral, cirrose e esteatose hepática (gordura no fígado)”, alertou.

Agora a matéria vai passar pelas comissões permanentes da Aleam para ser votada nas próximas semanas pelos deputados.

 

 

Augusto Costa, para O Poder

Foto: Divulgação

Edição e Revisão: Alyne Araújo e Henderson Martins

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