O governador Wilson Lima (União Brasil) participa, nesta quinta-feira, 17, da abertura da 12ª Reunião Anual da Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas (GCF Task Force), que acontece em Manaus até esta sexta-feira, 18. Lideranças de mais de dez países participam do evento a partir das 9h, no centro de convenções Vasco Vasques, Zona Centro-Sul de Manaus.
Durante o evento, Wilson Lima vai lançar o programa Guardiões da Floresta, uma reestruturação do antigo Bolsa Floresta, que agora passa a ser administrado pelo Estado. A expectativa é de que novos modelos de desenvolvimento para o futuro do planeta, priorizando a conservação ambiental e respeitando as populações tradicionais, sejam os focos dos debates internacionais que acontecerão na Reunião Anual do GCF Força-Tarefa, presidida pelo governador do Amazonas.
Durante o encontro de preparação para a 12ª Reunião Anual da Força-Tarefa Mundial de Governadores para Climas e Florestas, realizada ontem, Wilson Lima destacou os avanços alcançados nos últimos anos pelos entes subnacionais integrantes da coalizão. Desde maio de 2019, Wilson Lima preside o GCF, após ser escolhido em reunião em Caquetá, na Colômbia.
“Com a participação de governadores do México, da América do Sul, representantes do governo da Califórnia e outras áreas de floresta do planeta, vamos construir o MAP, o Manaus Action Plan, que é uma proposta para nortear, nos próximos anos, as ações para preservação e também o combate à pobreza”, afirmou.
Além do MAP, que será lançado nesta quinta-feira, Wilson Lima destacou iniciativas para financiamento de projetos, a reativação de um comitê que busca soluções ambientais que garantam direitos dos povos indígenas e a assinatura de um memorando com a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid). O documento será assinado amanhã, no primeiro dia de reunião.
Reativação
O Comitê Global de Povos Indígenas e Comunidades Locais estava parado e foi retomado após dois anos, durante a presidência do governador Wilson Lima. O grupo é formado por 17 ONGs, 34 governos e 18 organizações de povos indígenas.
O objetivo é fortalecer parcerias entre governos subnacionais e líderes de povos indígenas e comunidades locais, onde são abordados problemas e soluções relacionados ao desmatamento e mudança climática, com garantia dos direitos de povos indígenas e comunidades de base florestal. Não se trabalha apenas para os povos, mas com os povos tradicionais.
Janela B
Na discussão sobre financiamento de projetos no âmbito do GCF, destaca-se a janela de Financiamento de Inovação (Janela B), que apoia iniciativas jurisdicionais estratégicas para alcançar transformações que aceleram a redução do desmatamento nos estados e províncias membros da força-tarefa.
Aproximadamente US$ 5 milhões (cerca de R$ 25 milhões) são administrados por meio da Janela B, direcionados à execução das estratégias dos membros da Força-Tarefa GCF e planos de investimento concluídos na Janela A – outra janela de apoio, lançada para desenvolver estratégias jurisdicionais robustas para REDD+ e desenvolvimento de baixas emissões, bem como os planos de investimento para colocar essas iniciativas em prática. Já há cinco projetos aprovados para destinação de recursos do Janela B.
Da Redação O Poder
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